O verdadeiro capítulo um

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Notas: como prometido, a montagem do edmundo nas mídias :p

_♡_

Eu juro que não queria explodir o bolo de chocolate do meu novo arqui-inimigo no meio de um shopping lotado.

Tá. Talvez eu quisesse.

Antes que você pense que eu coloquei uma bomba dentro de um doce, eu não fiz, ok? Apenas fiquei irritada. É o que acontece com meninos que me empurram de propósito na piscina de bolinhas e fazem meu rosto ser esmagado diversas vezes contra a tela de proteção. Bom, pelo menos essa foi a primeira vez que os meus super poderes de bruxa se manifestaram. E tia Becky sabia disso.

Era pra ser uma festinha de aniversário, mas quando todo mundo envolta ficou coberto de glacê porque eu estava querendo vingança, tia Becky inventou uma desculpa esfarrapada e nos levou pra casa. Na hora eu não entendi nada, e nem queria entender porque o bolo explodiu, mas fiquei muito satisfeita em ver o Josh Smith chorando em cima da massa de chocolate. 

Eu adoro a tia Becky, moro com ela desde sempre, só nós duas. Apesar dela dizer que nem sempre foi assim. Os meus pais morreram e… é isso que eu sei. Tia Becky diz que eu sou muito nova pra entender as coisas, mas acho que ela não pode mais adiar isso, porque a minha carta de Hogwarts acabou de chegar! Eu já sabia que meus pais eram bruxos, minha tia contou algumas coisas, mas ela não sabia muito. Como tinha detalhes na carta explicando tudo, fomos ao Beco Diagonal e compramos o meu material escolar depois de trocar alguns Euros por Galeões, a moeda dos bruxos. A carta dizia que podíamos levar um bichinho de estimação, mas eu não precisei comprar porque já tinha minha gatinha, a Mística. 

E claro, eu tinha uma passagem para o trem que saía às 11h em ponto na plataforma 9 ¾ no dia 1º de setembro na estação de King's Cross em direção ao castelo de Hogwarts.

Era amanhã. Havia colocado alguns ursinhos de pelúcia na minha mala, eu já tinha 11 anos e sou grande pra essas coisas, eu sei… Mas não podia abandonar o meu Stitch de pelúcia. Tia Becky bateu na minha porta e entrou no quarto com uma cara… E lá vamos ter aquela conversa de novo:

— Eu sei que você vai falar sobre menstruação. — murmurei, enfiando a cara no travesseiro.

— Não é sobre isso, sua boboca. — Tia Becky sentou na beira da minha cama.

Sentei. 

— Sobre não ficar sozinha com estranhos? — perguntei.

— Também não. Mas vamos combinar que você não conhece ninguém em Hogwarts...

— Sou bruxa, não vidente. — fiz sinal pra ela continuar.

Tia Becky não parecia feliz e doidona como era, ela estava bem preocupada. 

— É sobre os seus pais, Rav. 

Não soube o que responder. Eu gostaria de ter os meus pais comigo, mas eles morreram quando eu era um bebê. Eu parecia com a minha mãe e era loira. Mas meus olhos eram do meu pai. Não só os olhos, o sobrenome também: Dolohov. Eu gostava, soava forte. Mas tia Becky ficava incomodada.

— Ok.

— Eles foram… mortos. Alguém matou eles.

Eu pisquei.

— Porquê? — perguntei. 

Tia Becky coçou a cabeça. Ela não olhou pra mim. Acho que ela não queria chorar, talvez olhar pra mim lembrasse muito mamãe. 

— Porque o seu pai fez algo… ele não fez uma coisa legal. Uma pessoa não gostou disso. E eles morreram. — Tia Becky ainda encarava o chão. 

Clichê através dos anos [Edmund Pevensie x OC]Onde histórias criam vida. Descubra agora