Encontros sigilosos e dúvidas cruéis

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Notas: eu esqueci de avisar que a Torre de Astronomia teve sua localização alterada na fanfic! hehe
vocês também vão se deparar com algumas mudanças em nome do roteiro :p

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As primeiras "aulas" com Edmundo sobre o mundo bruxo foram… aceitáveis. As informações eram boas e Edmundo tinha um conhecimento legal, mas o professor era um pé no saco. Aprendi a ignorar ou devolver as patadas que ele me dava. Mas eu não ligava, a vontade de saber as coisas era bem maior do que implicâncias de um garoto bobo, além de que seria mais prático: esperar para estudar esses assuntos levariam anos.

Edmundo contou o que eu pedia para contar, isso inclui Quadribol, o jogo mais famoso dos bruxos: sete jogadores em cima de vassouras e quatro bolas em campo simultaneamente; Edmundo queria ser apanhador. Histórias sobre Azkaban, a prisão dos bruxos, não foi deixada de fora. Azkaban era uma fortaleza em um tipo de ilha guardada por dementadores, criaturas horrendas que sugam a felicidade das pessoas e dependendo do crime que você cometeu, os dementadores sugam a sua alma! Você vira um zumbi ambulante até o dia morte, a diferença é que você não come carne humana. Edmundo tentou me dar um susto e eu quase enfiei a varinha no olho dele, e não me arrependeria se acertasse.

Os fundadores de Hogwarts, histórias sobre Merlin, provavelmente o maior bruxo que já viveu (perguntei se era o mesmo Merlin de O Rei Arthur e ele confirmou), duendes e criaturas que viviam na floresta negra e no lago negro como centauros e sereianos também tiveram sua versão superficial contada (iríamos estudar isso depois). E claro, as escolas de magia de outros continentes. Mas não pude mais enrolar. Edmundo se esforçava para não chegar nesse ponto, eu percebia pelos olhares de lado que ele me dava quando fugia um pouco do assunto. Mas finalmente perguntei:

— Quem é Voldemort?

Edmundo encarou a vista da janela: os terrenos de Hogwarts e mais para frente, a temível floresta negra. Respirou fundo antes de contar:

— Voldemort foi… o maior bruxo das trevas de todos os tempos. — foi desse jeito que ele começou.

Contou sobre o menino que sobreviveu, sobre a queda e ascensão de Voldemort, sobre seus seguidores, sobre sua vontade de expurgar os nascidos trouxas e praticar o que ele chamava de supremacia de sangue puro. Inspirei fundo.

— Dolohov… foi um deles? — perguntei olhando para a floresta. 

— Um dos inúmeros. — essa foi a resposta.

Fiquei calada por um tempo.

— E ele abandonou Voldemort?

Edmundo olhou pra mim.

— Sinto muito por isso, Ravena. — disse o garoto, olhando para mim pela primeira vez naquela noite. Ele parecia sentir dó. — Dolohov foi um dos nomes conhecidos, mas ele fugiu e… morreu por conta disso. Depois houve a Batalha de Hogwarts e Voldemort foi derrotado.

— Então por isso Rabadash disse que ele era um covarde? — perguntei.

— Rabadash queria te chatear. — disse Edmundo, mas confirmou com a cabeça.

O silêncio dominou a sala da torre de astronomia por um longo tempo.

— Me sinto envergonhada. — soltei. 

— Dolohov é um nome que pesa, é verdade. Mas você não pode se culpar por algo que nunca fez. — argumentou Edmundo. 

— Quem dera que se fosse só o nome. Era o meu pai. Ele… — comecei, mas fui interrompida. 

— Você lembra dele?

— Não! Eu era um bebê quando fui morar com tia Becky… — Eu não sabia de praticamente nada, tia Becky contava algumas coisas da infância de mamãe e só. Mas saber que meu pai, mesmo que eu não o conheça, compactuava e participou desse tipo de coisa… Era decepcionante. Ele deveria ser alguém que eu tinha que admirar. E a minha mãe sabia daquilo? E ela era nascida trouxa! Não fazia o menor sentido ela gostar de alguém que queria matá-la e ainda ter uma filha! Edmundo ficou calado, esperando eu tirar minhas próprias conclusões. — Será que minha mãe não sabia?

Clichê através dos anos [Edmund Pevensie x OC]Onde histórias criam vida. Descubra agora