Uma xícara de chá com o sr. Tumnus

2.1K 193 718
                                    

Notas: liberando outra montagem: Edmundo durante uma aula de herbologia :p

_______________________________

Rabadash ficou sendo figurante na minha vida por um bom tempo, mas o diabo não tira férias definitivas. 

Eu estava sendo uma aluna regular para o padrão, eu era boa na teoria durante as aulas, o ruim era a prática. Eu não podia dizer o mesmo sobre Edmundo: ele era o primeiro nas turmas de Feitiços, Transfiguração e Defesa Contra as Artes das Trevas. Todos ficavam surpresos com o seu talento e blábláblá… Mas eu sabia do segredinho dele.

Infelizmente, não era invejosa ao ponto de estragar isso.

No fundo eu tinha uma vontade de superar ele, mas teria que me esforçar mais. E eu estava com preguiça, não me julgue. Isso exige muito energia.

Mas se tinha alguém que poderia chegar no nível de Edmundo, era Rabadash. 

E o que você faz quando seu inimigo é mais forte que você? Isso mesmo, você se junta a ele. Amigos por perto, inimigos mais perto ainda… E lá estava Edmundo e Rabadash fazendo Hogwarts um verdadeiro pandemônio. 

No início só eram eles dois. E então, quando você menos espera, já tinha uma panelinha formada. Eu não conhecia os outros, e nem queria saber quem eram, mas me senti particularmente atingida quando vi Edmundo, Rabadash e sua gangue mexendo com Lucia. O que foi chocante, já que Lu era irmã de Edmundo, mas isso não impediu a garota de ser azarada.

O nariz de Lucia começou a produzir uma quantidade ENORME de secreção, e como estávamos no pátio depois da última aula da tarde, o local estava muito cheio, e consequentemente cheio de alunos de diversos anos. Eu e Tarva estávamos repassando algumas informações sobre a aula de poções quando vimos a cena: Lucia estava lendo, sentada num banco quando Rabadash a acertou pelas costas. E então, o muco produzido não parava expelir do nariz dela, e Lucia se desesperou. Todo mundo que viu desatou a rir. Tarva e eu nos levantamos na mesma hora e corremos até Lucia antes que ela desaparecesse pelo jardim.

— Finite! — gritei, apontando a varinha pra Lu. O muco parou de expelir, mas as lágrimas se acumulavam nos olhos da garota.

— Vamos sair daqui! — sussurrou Tarva, segurando a mão de Lucia, prestes a abraçá-la. Tarva não era de brigas, eu também não, mas vi o rosto de Rabadash. Ele nos olhava ainda rindo junto com seus amiguinhos, até o momento anônimos para mim, exceto Edmundo, que sustentava um sorrisinho.

A próxima coisa que eu estava fazendo era marchando até eles com a varinha em punho. Devia ter um cocheiro imaginário puxando as rédeas da minha consciência, mas eu já estava na cara de Edmundo e Rabadash.

— Vocês não têm vergonha? Lucia não estava fazendo nada!

— Ela é a sua namoradinha agora, Dolohov? — provocou Rabadash dando uma gargalhada. 

— Quem sabe. Talvez seja. — eu ouvi minha voz pronunciar. O rosto de Rabadash caiu, talvez por um segundo, ele se recompôs rapidamente, mas eu vi. Agora olhei pra Edmundo. — Ela é sua irmã. Você não deveria defendê-la?

Edmundo estava sério e prestes a tomar o protagonismo da briga.

— Parece que ela tem uma namoradinha pra isso. — essa foi a resposta dele. Sarcástico, como era Edmundo, além frieza em seus olhos.

Não tive tempo de responder. 

— Cinco pontos a menos para Corvinal e Sonserina! — uma voz bradou atrás de mim.

Virei para assistir o monitor da Grifinória vindo até nós. Pedro.

Eu estava prestes a protestar que eu não havia feito nada além de defender Lucia, e que não era justo a Corvinal perder pontos por isso, então lembrei que Rabadash era de lá também. A decepção da realidade foi demais, nos últimos tempos eu mal via ele no salão comunal, talvez fosse sorte, mas como eu bati de frente agora, talvez a sorte acabe. 

Clichê através dos anos [Edmund Pevensie x OC]Onde histórias criam vida. Descubra agora