Então foi assim que Luke Skywalker se sentiu quando descobriu sobre o seu pai?
Não comi no almoço e também não senti fome no jantar, mas dei uma mexida no meu prato para não parecer desfeita. A comida tinha um cheiro delicioso, mas não tinha vontade de experimentar. Tarva me lançou olhares durante o dia todo, mas eu ignorei e ela entendeu o recado que eu preferia ficar na minha. Gostei por ela não ter insistido.
Meu desejo era ir para biblioteca e descobrir mais sobre Voldemort e sua história terrível, mas o medo me conteve. Eu tinha medo de descobrir a verdade completa sobre meu pai. Sobre Dolohov. Medo de que tudo dito por Rabadash fosse de fato, verdade. Eu não sei se estava pronta pra isso. Meu estômago revirou e achei que fosse vomitar, mas não tinha nada na minha barriga. Além disso tudo, Rabadash continuava me encarando, mas eu fingi que não vi nada. Não precisava do seu sorriso cruel como lembrança.
Fui cedo para cama, mas não consegui dormir. Quando o quarto estava um pouco escuro e minhas colegas dormindo, pulei da cama e vestir meu casaco, com a varinha no cós da calça do pijama, sai do dormitório e do salão comunal. O silêncio costumava ser bem agradável, mas agora só servia para ecoar as palavras de Rabadash. Andei pelos corredores do castelo silenciosamente até que ouvir vozes. Reconheci uma: era Susana.
O que ela estava fazendo perambulando pelo castelo a essas horas? Engraçado que eu deveria me fazer essa mesma pergunta. O que tia Becky diria? No início achei esquisito, mas lembrei que Susana era monitora e estava fazendo rondas; eu não podia ser pega ou seria castigada. Escutei Su dar uma risadinha e após uns segundos, um som molhado, de sucção?
Espiei por trás da parede da esquina que havia parado: Susana estava beijando outro monitor. Eca, que nojo! Fazendo uma careta, olhei ao redor por outra saída e vi uma escadaria do outro lado. Agora eu não fazia a menor idéia de onde estava, mas o lugar era muito escuro e a voz de Susana e seu namorado parecia me perseguir. Não tive escolha a não ser subir até o topo da escadaria e torcer para a porta que havia em seu fim não está trancada, mas felizmente estava aberta. Devagarzinho, abrir a porta e me esgueirei para dentro, fechando ao passar. Suspirei de alívio, mas ao virar, havia uma varinha apontada para o meu rosto e um par de olhos castanhos determinados me encarando.
EDMUNDO
Eu estava preparado para lançar uma azaração que Pedro havia me ensinado contra o invasor, mas era só uma garota. Ainda segurei a varinha firme, Lucia me ensinou o que significava um ataque surpresa vindo de alguém fingindo ser inofensivo. Eu estava preparado.
— Você não vai abaixar isso? — perguntou ela.
— Isso é um teste? Pedro mandou você? Ou Lucia? — perguntei de volta, desconfiado.
A garota ignorou que eu ainda estava com a varinha em punho e andou pelo espaço da sala. Que pateta.
— Quem é você? Algum agente secreto? — a luz da lua iluminou o rosto e eu reconheci. Era a menina com o sobrenome Dolohov. Crispei os lábios e abaixei a varinha, por que ela não me levou a sério?
— O que está fazendo aqui? — perguntei não gostando dessa história.
A menina chegou na janela e encarou o céu estrelado.
— Que lugar é esse?
— Responda as minhas perguntas. — exigi já ficando sem paciência.
Ela olhou pra mim.
— Pedro ou Lucia não me mandaram aqui. Eu estava… — a garota pensou um pouco. — Você vai me dedurar para algum monitor?
Dei um sorrisinho e me joguei em uma poltrona que estava perto.
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Clichê através dos anos [Edmund Pevensie x OC]
FanficEdmund Pevensie era um sonserino. Eu sei, ele fica extremamente adorável com aquele uniforme! O ponto aqui é: eu acho que estou apaixonada por ele... E isso não tem nada a ver com a roupa. Quer dizer, você já viu aqueles olhos? Aquele nariz?! Droga...