O5.

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Não demorou muito para que os pratos chegassem com o que Reiner havia pedido, reconheci alguns ingredientes que tinham nele mas não sabia que faziam uma boa combinação. Olhei para o homem que me encarava ansioso, provavelmente querendo saber se irei gostar ou não.

– Não vai comer? – O perguntei enquanto colocava um pouco em cima do garfo.

– Primeiro as damas – Braun respondeu e eu ri de seu suposto cavalheirismo – Quero saber se vai gostar ou não, vá em frente.

Assenti antes de levar o garfo a minha boca, era um gosto diferente e desconhecido por mim mas ao mesmo tempo era saboroso e levemente apimentado. Reiner provavelmente era fã de tempero. Olhei para ele tentando segurar minhas reações afim de deixá-lo curioso, mas logo lancei um jóia em sua direção.

Ele suspirou alegremente, achei fofo, e logo começou a comer juntamente a mim. Ainda fazíamos silêncio, mas era confortável saber que não estava almoçando sozinha como fazia todos os dias. Sorri para ele que retribuiu na mesma sintonia que eu desejava passar.

Conforto.

Não enrolamos diante aquela comida, quando fui perceber Reiner e eu já havíamos terminado. Aquele com certeza era um dos melhores pratos que eu já havia comido em toda a minha vida.

– Qual o nome desse prato? Quero me certificar de o comer mais vezes – Puxei assunto enquanto Reiner limpava seus lábios sujos de comida.

– Longa história – Mudei minha postura para algo menos formal, estava de barriga cheia e pronta para o ouvir – Certo... Meus pais são amigos dos donos daqui desde que eu era criança. Os donos sempre queriam que eu me alistasse, quando ocorreu eles criaram esse prato para mim comer toda vez que viesse aqui, como um presente. E ele se tornou meu prato favorito desde criança.

– Ele é bem saboroso, vamos vir aqui outra vez – Sorri para ele.

– Está me chamando para sair, também?

Corei, desviei o olhar para disfarçar.

– Eu só posso comer isso se estiver com você, não é? – Ele assentiu – Veja isso como uma desculpa.

– Mas, você quer mais alguma coisa? Amalie me falou que seu horário de almoço acaba em pouco tempo – Neguei e ele logo chamou uma garçonete, veio a mesma de antes – A conta, por favor.

– Um minuto – Ela disse e logo se retirou.

– Não gostei dela – Balbuciei.

– Porque não? Ela é gentil.

Eu não poderia responder que não gostei dela porque a mesma havia dado em cima dele.

– Ela não da oportunidade para outros garçons nos atenderem – Menti descaradamente, mas pareceu convincente.

– Pare de pensar demais – Reiner revirou os olhos e eu engoli seco. Ele era lindo e por um momento pensei algo que não deveria.

– Aqui a conta, senhor – A garçonete trouxe e o entregou, Reiner sacou algumas notas e pagou.

Eu queria poder ter ajudado a pagar.

– Desculpe, mas esqueceu de colocar o telefone da sua casa. – A garçonete disse o entregando uma caneta junto a um papel.

Vagabunda.

– Ah, certo – Reiner anotou alguma coisa naquele papel, tentei espiar mas não conseguia ver nada demais, suspirei brava. – Aqui.

– Obrigada, formoso – Ela piscou para ele e eu senti uma raiva desconhecida subir pelo meu corpo.

Me levantei primeiro dele e caminhei até a saída, pude ouvir seus passos apressados logo atrás de mim, mas ignorei.

𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braunOnde histórias criam vida. Descubra agora