2O.

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– Bom dia, Sr. Braun! – O cumprimentaram assim que eu e o louro chegamos de mãos dadas.

Sim, ele tinha levado a sério me trazer ao seu trabalho.

– Desculpa perguntar mas... Quem é essa aí? – Vi um dos seguranças apontar para mim.

– Srta. Braun, ela vai passar o dia comigo. Algum problema?

– Nenhum! Podem passar! – Eles cederam a passagem para nós dois.

Reiner me puxou com ele e conforme andávamos eu observava cada canto do local abismada, mesmo com o massacre do Titã de Ataque esse lugar parecia intacto e inclusive muito bem cuidado. Era bobagem minha pensar que o governo não fosse priorizar aqui, antes de se preocupar com os marleyanos que tiveram suas casas destruídas.

Paramos em frente a uma janela que ficava próximo as escadas que acabamos de subir, a vista era linda, e se não fosse por toda a destruição causada alguns dias atrás tenho certeza que ela conseguiria ficar melhor.

– Gostando daqui? – Ele me perguntou.

– Sim, é melhor do que eu imaginava. – Sorri para ele e cruzei os braços. – Não tem nem um jarro arranhado.

– Ah, sobre isso... – Ele coçou a nuca. – Bem, esse lugar é um dos mais importantes do país. Marley nunca deixaria algo acontecer.

– Mas... você gosta de ficar aqui? – Optei mudar de assunto, falar em Marley deixava minha cabeça quente.

– Gosto, por mais que eles só me chamam para fazer reuniões e planos. Acho que vamos discutir sobre o que faremos em Paradis. – Ele me abraçou por trás, olhando a janela assim como eu. – Vai ser um pouco chato você ter que me esperar do lado de fora mas quero passar o dia todo grudado em você.

Tsc. – Ri fraco. – Eu aguento.

– Certo, então já vou indo. – Ele me soltou, infelizmente. – Mereço um beijinho de boa sorte?

Revirei os olhos antes de me aproximar dele e deixar um selar estalado em sua bochecha.

– Não era o que eu esperava mas serve. – Reiner falou. – Não saia daí!

Assenti e vi ele ir em direção a uma das portas do corredor. Esse lugar deveria estar o caos com a situação de agora.

Dois soldados candidatos a titã desaparecidos em Paradis, outros dois portadores de titãs lá para procurá-los. Fora o desastre que a capital se tornou.

Suspirei fundo e me apoiei naquela janela, a vista era ampla e eu conseguia ter uma boa visão do que estava se passando nas ruas. Os pedreiros ainda estavam concertando tudo aquilo que se arruinou durante o massacre, as pessoas pareciam dar suporte umas as outras.

Sorri fraco vendo a união que surgiu entre os moradores depois de tudo, talvez essa seja a única parte boa.

– Oh, você! – Escutei uma voz familiar e me virei em direção a ela.

Era o soldado que me salvou naquele dia.

– Oi! – Exclamei para ele, que veio até mim. – Como está?

– Muito bem, obrigado. – Ele arrumou o chapéu em sua cabeça. – A senhorita parece ótima, que bom!

– É... estou tentando! – Dei uma risadinha. – Como está Rachel?

– Acredito que já saiba que ela conseguiu reencontrar a família, certo? – Balancei a cabeça em afirmação. – Eles estão bem, mas a casa deles ficou arruinada e no momento estão tendo que morar junto com os desabrigados daqui.

𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braunOnde histórias criam vida. Descubra agora