21.

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Meu colchão estava mais mole que o normal, eu ainda estava de olhos fechados com o corpo fraco deitado. Tinha a sensação de estar sendo engolida pela cama, minhas pernas estavam trêmulas e minha intimidade quente.

Reiner não estava tão diferente, ainda se encontrava em cima de mim com a respiração desregulada. Sentia ainda o aperto de sua mão nos meus pulsos por cima da cabeça.

Ele era insano.

– Sabe... – Ele falou, me fazendo abrir os olhos e ver seu rosto rosado e os lábios entreabertos para respirar. – Você é muito linda.

Me soltei de seu toque e segurei o rosto dele entre as mãos. A pele do louro estava quente e úmida, e sem demora ele me abriu um sorriso largo.

– Eu amo muito você. – Falei sincera.

– Eu também te amo, princesa. Você não tem noção do quanto. – Braun se aproximou e deixou um selar na minha testa.

Ele logo caiu ao meu lado, e eu não demorei nem um segundo para abraçar o seu tronco e esconder meu rosto em seu peitoral suado. Sentia o corpo dele se elevar e se afundar conforme respirava.

Talvez esse fosse o nosso momento mais íntimo que estávamos tendo até agora. Infelizmente não saberia se iríamos ter um próximo.

– Preciso de um banho. – Reiner falou. – Estou fedido.

– Só você? – Brinquei. – Vai na frente, posso esperar.

– Seria bem mais prático se fôssemos juntos.

Me apoiei pelos cotovelos e o olhei ele se levantando da cama, enrolando o lençol dela na cintura. Dei uma risada desacreditada e joguei um travesseiro nele.

– Onde foi parar o meu namorado inocente? – Exclamei.

– Você que está insinuando o que faremos lá dentro! – Ele rebateu.

– Ok, você venceu. – Me levantei.

No mesmo instante puxei o lençol de sua cintura e o passei por cima de nossos ombros, cobrindo nós dois juntos.

O caminho até o banheiro foi desastroso, nossos corpos estavam tão grudados que as vezes nossos pés se trombavam ou pisavam no tecido que nos cobria.

– Finalmente. – Ele se soltou do lençol e foi diretamente até a banheira que tinha.

– Me espera! – Coloquei o lençol desajeitadamente em cima da privada.

Liguei a torneira da banheira e peguei alguns banhos para colocar na água, os deixando ligeiramente próximos do móvel.

Cruzei os braços esperando aquilo se encher.

– Sabe, eu já sinto ciúmes em pensar que alguém pode acessar minhas memórias. – O olhei curioso. – Você é tão linda, eu queria ter essa visão apenas para mim.

– As memórias podem não ser só suas... – O abracei por trás e deixei um selinho em sua nuca. – Mas o agora é, e eu também.

Ele se virou rapidamente, agarrando minha cintura.

Segundo round? – Sorriu sacana.

– Não.

Mostrei a língua para ele e o empurrei levemente. Reiner riu fraco enquanto eu já colocava os banhos na água quente e entrava na banheira.

– Pode vir, quando encher tudo a gente desliga. – O convidei.

Ele não demorou um segundo para entrar e se sentar nela, logo atrás de mim que aproveitei para apoiar minhas costas em seu peitoral. Braun abraçou minha cintura e deitou sua cabeça em meu ombro, soltando um longo suspiro.

𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braunOnde histórias criam vida. Descubra agora