Meu colchão estava mais mole que o normal, eu ainda estava de olhos fechados com o corpo fraco deitado. Tinha a sensação de estar sendo engolida pela cama, minhas pernas estavam trêmulas e minha intimidade quente.
Reiner não estava tão diferente, ainda se encontrava em cima de mim com a respiração desregulada. Sentia ainda o aperto de sua mão nos meus pulsos por cima da cabeça.
Ele era insano.
– Sabe... – Ele falou, me fazendo abrir os olhos e ver seu rosto rosado e os lábios entreabertos para respirar. – Você é muito linda.
Me soltei de seu toque e segurei o rosto dele entre as mãos. A pele do louro estava quente e úmida, e sem demora ele me abriu um sorriso largo.
– Eu amo muito você. – Falei sincera.
– Eu também te amo, princesa. Você não tem noção do quanto. – Braun se aproximou e deixou um selar na minha testa.
Ele logo caiu ao meu lado, e eu não demorei nem um segundo para abraçar o seu tronco e esconder meu rosto em seu peitoral suado. Sentia o corpo dele se elevar e se afundar conforme respirava.
Talvez esse fosse o nosso momento mais íntimo que estávamos tendo até agora. Infelizmente não saberia se iríamos ter um próximo.
– Preciso de um banho. – Reiner falou. – Estou fedido.
– Só você? – Brinquei. – Vai na frente, posso esperar.
– Seria bem mais prático se fôssemos juntos.
Me apoiei pelos cotovelos e o olhei ele se levantando da cama, enrolando o lençol dela na cintura. Dei uma risada desacreditada e joguei um travesseiro nele.
– Onde foi parar o meu namorado inocente? – Exclamei.
– Você que está insinuando o que faremos lá dentro! – Ele rebateu.
– Ok, você venceu. – Me levantei.
No mesmo instante puxei o lençol de sua cintura e o passei por cima de nossos ombros, cobrindo nós dois juntos.
O caminho até o banheiro foi desastroso, nossos corpos estavam tão grudados que as vezes nossos pés se trombavam ou pisavam no tecido que nos cobria.
– Finalmente. – Ele se soltou do lençol e foi diretamente até a banheira que tinha.
– Me espera! – Coloquei o lençol desajeitadamente em cima da privada.
Liguei a torneira da banheira e peguei alguns banhos para colocar na água, os deixando ligeiramente próximos do móvel.
Cruzei os braços esperando aquilo se encher.
– Sabe, eu já sinto ciúmes em pensar que alguém pode acessar minhas memórias. – O olhei curioso. – Você é tão linda, eu queria ter essa visão apenas para mim.
– As memórias podem não ser só suas... – O abracei por trás e deixei um selinho em sua nuca. – Mas o agora é, e eu também.
Ele se virou rapidamente, agarrando minha cintura.
– Segundo round? – Sorriu sacana.
– Não.
Mostrei a língua para ele e o empurrei levemente. Reiner riu fraco enquanto eu já colocava os banhos na água quente e entrava na banheira.
– Pode vir, quando encher tudo a gente desliga. – O convidei.
Ele não demorou um segundo para entrar e se sentar nela, logo atrás de mim que aproveitei para apoiar minhas costas em seu peitoral. Braun abraçou minha cintura e deitou sua cabeça em meu ombro, soltando um longo suspiro.
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𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braun
FanfictionEra difícil amar um soldado, ainda mais quando ele viaja para um lugar distante e volta anos depois. Mas ainda não era tarde o suficiente.