O4.

2.4K 304 320
                                    

– Porque não volta para as suas acompanhantes, hm? Elas devem estar sentindo sua falta – Falei tentando ignorar o leve ciúmes que senti, Reiner fazia tanto sucesso entre as mulheres que andava com várias de uma única vez.

– Galliard também deve estar sentindo sua falta se for assim – Não podia fingir choque, eles realmente se conheciam já que eram soldados – Você deveria voltar para a sua casa, aqui não é lugar para você.

Vai se foder, Reiner – O empurrei fazendo que sua mão se soltasse do meu ombro – Eu não preciso de ninguém me mandando o que fazer ou não, daqui eu não saio.

Ele riu sarcástico, claro que eu estava sentindo raiva dele.

– Sua mãe iria amar saber as palavras que você usa para se dirigir a mim.

– Faça o que quiser, contanto que não me atrapalhe – Sai batendo de ombros com ele.

Se Reiner pensava que só porque ele tinha todas as mulheres em suas mãos eu também seria submissa dele, ele estava errado, completamente errado. Eu ergui meu queixo e avistei Porco de longe, suspirei e arrumei meus cabelos, tentando disfarçar meu desconforto pela pessoa recém encontrada.

– Foi rápida – Porco falou para mim, apenas assenti e voltei a pose de dança junto a ele – Está meio tensa, tudo bem?

– Acho que quero disfarçar um pouco meu sono, costumo dormir cedo – Menti descarada, ele não iria saber de qualquer jeito.

– Pensei que havia me achado entediante – Nego sorrindo para ele – Se quiser eu posso te levar para a casa, agora já é tarde.

– Eu vim com uma amiga, não acho que será preciso, mas obrigada! – Ele me soltou e eu o acompanhei.

– Não irei insistir, você está cansada. Vou te acompanhar até sua amiga apenas para ter certeza que ficará bem. – Não tinha como sorrir mais, Porco era realmente um cavalheiro – Amanhã eu posso até visitar sua cafeteria, quem sabe?

– Eu adoraria te ver por lá, mas alegre dessa vez – Brinquei e ele riu.

– Prometo que não irá se repetir.

Ele segurou em minha mão e procuramos Amalie pelo salão, eu sentia alguns olhares em nós mas Porco conseguia me passar confiança apenas com um breve carinho entre mãos, ele tinha uma aura positiva que me fazia se sentir em casa. Minha amiga não estava tão longe, acenei para ela que me avistou de longe, estava sozinha agora.

Puxei Galliard até a garota que o cumprimentou brevemente, ele retribuiu.

– Já podemos ir para casa ou você quer ficar mais um pouco? – Perguntei.

– Vamos para casa, estou ficando cansada – Ela se espreguiçou, não parecia tão contente.

Me virei ao homem que ainda segurava minha mão.

– Vou te esperar amanhã.

– Cuidado na volta – Porco soltou nossas mãos, ele sorria carinhoso.

Amalie entrelaçou seu braço ao meu e fomos andando em direção a saída, ela estava meio abatida e eu só estava esperando alguma brecha para tentar ajudá-la com seja lá o que a incomoda.

Já estávamos seguindo rota a casa dela, qual eu a deixaria e iria até a minha a pé.

– Sabe... – Ela puxou assunto e eu a olhei – Eu estava conversando com um garoto, mas eu acho que ele era casado.

Reprimi a risada.

– Não fica chateada com isso, Reiner gostou de você, lembra? – Tentei a convencer.

𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braunOnde histórias criam vida. Descubra agora