𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braun

13.

– E-Eu não acredito – Ouvi múrmuros.

Ao menos pude prestar atenção no que as pessoas falavam, eu estava hipnotizada pelo olhar caloroso que Reiner me transmitia. Eu sorri pequeno para ele, que pareceu retribuir na mesma medida.

Logo notei alguns flashes de luzes em nós e forcei os olhos na direção para ver, estávamos sendo fotografados por jornalistas. Empurrei levemente seu peitoral tentando me afastar, mas o seu aperto em minha cintura não deixava.

Braun sorriu sacana, se aproximou de meu ouvido e sussurrou:

– Deixe que vejam, quero que saibam – Sua respiração estava um pouco pesada, arrepiei mais uma vez.

Não reparei que as coisas chegaram a este ponto.

– Tudo bem – Assenti levemente, sua mão que antes estava em minha bochecha foi até meus cabelos – Como foi lá? Se machucou muito?

– Nem um pouquinho – Respondeu – Seu rosto está cheio de maquiagem, o que houve?

– Fiquei um caco e tentei me arrumar para você – Desviei o olhar – Você... gostou? Amalie que fez.

– Sabe que eu prefiro você sem nada disso, não é? – Seu polegar deslizou pelos meus lábios, provavelmente tirando um pouco da maquiagem que lá tinha – E por que ficou um caco? Eu duvido muito que isso seja verdade.

– Estava preocupada com você...

– Esqueceu que sou o blindado? – Ele balançou as sobrancelhas e eu revirei os olhos. Estava demorando.

Escutei alguém gritar meu nome em alto e bom som, assim que me virei dei de cara com quatro baixinhos correndo em minha direção, apenas reconheci Falco, que foi o primeiro a me abraçar.

– Você está bem? – Perguntei em meio ao abraço.

– Sim! Apenas alguns arranhões... – Ele exclamou alegremente, sorri – Ah! Esses são meus amigos que eu comentei antes. Udo, Zofia e Gabi – Grice apontou para cada um deles.

– Então você é a famosa Gabi Braun... – Olhei para ela que pareceu confusa, já Falco ficou corado.

– Espera... Por que você e meu primo se beijaram? – Ela cruzou os braços – Não que eu veja problema nisso, mas você sabe que ele é muito chato, não é?

Segurei uma risada, Reiner me olhou incrédulo e depois foi para a baixinha com uma feição de bravo, que obviamente era de brincadeira.

– Você é muito nova para entender essas coisas de adulto... – Reiner deu tapinhas no ombro dela – Mas posso te adiantar que vou levar ela para conhecer seus tios.

– O quê? – Arregalei os olhos – Não estou preparada para isso...

– Do que importa? Nossa imagem daqui a pouco será a capa dos jornais.

– Não queria atrapalhar o casal mas... – Amalie apareceu – O meus pais vão me matar se souberem que deixei o cocheiro esperando.

– Sua amiga não sai até eu falar com ela – Me virei até aquela voz, Galliard. – Lembrou que existo?

– Desculpa não ter te cumprimentado antes, fico feliz que esteja bem como os outros! – Eu ia o abraçar, mas Reiner segurou meu pulso a fim de me impedir.

– Bom... Só queria deixar um tratado de paz em aberto, não vou interferir entre você e Reiner – Ele coçou a nuca – Ainda seremos amigos, não é?

– Claro! – Exclamei sorridente.

Finalmente.

– Srta. Braun... – Me virei, quem falava era Zofia – Sabe... Falco nos falou que você trabalha numa cafeteria e... Aqueles bolinhos estavam tão bons!