15.

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– Seja breve, não poderei ver o discurso do Willy infelizmente... Aliás, se puder pegar um autógrafo dele para mim... – Forcei uma risada falsa e balancei a sobrancelhas.

Eu e Reiner estávamos na entrada do salão de festas em que os ricos estavam comemorando entre eles mesmos o quão Marley era sortuda perante as guerras que estavam acontecendo. Braun me chamou exatamente nesse lugar para conversar.

A vista do lado de fora, o lado que estávamos, era linda. Tinham flores e plantas de diversos tipos espalhadas junto a uma decoração simplista e elegante, para combinar com o clima das pessoas que estavam dentro do salão comemorando.

Tsc, parece apressada – Ele se aproximou, segurando meu rosto com ambas as mãos – Te trouxe aqui, exatamente aqui, porque queria conversar sobre a nossa relação.

– N-Nossa relação? – Mas que merda, gaguejei.

– Sim, caso tenha esquecido, seus pais acham que estamos em um relacionamento assim como todo o resto da cidade. Não quero te forçar a nada mas também queria que esteja ciente de que eu quero estar com você e irei respeitar sua decisão independente de tudo – Braun soltou meu rosto e cruzou os braços, suas mãos tremiam – E eu... Quero uma resposta sua, sobre nós dois.

– Reiner, eu-

– Se não quiser responder agora eu posso esperar, não tem problema – O louro coçou a nuca.

– Ei, calma – Peguei em suas mãos gélidas e as puxei para mim – Eu gosto de você a muito tempo, ficaria mais que grata se pudéssemos ter alguma coisa – Vi suas orbes brilharem mais do que o comum – Mas também não quero morrer na mão de suas fãs malucas.

– Não vou deixar ninguém encostar em nem um fio de cabelo seu – Ele se soltou das minhas mãos e abraçou meu corpo, bem forte – Não tem ideia o quanto esperei por isso.

– Eu quero um pedido decente antes – Empurrei seu peitoral lentamente e ele sorriu.

– Um minuto – Foi o que Reiner disse antes de se afastar – Ah, fecha os olhos.

Coloquei minhas mãos em frente aos olhos, os fechando e tapando logo depois. Não conseguia evitar de sorrir neste momento, eu podia escutar o som dos sapatos dele correndo sob a grama e as vezes no piso duro em que eu me encontrava de pé agora. Estava ansiosa demais para saber o que ele estava fazendo e o que me mostraria quando eu pudesse abrir os olhos.

Eu não esperava grande coisa, já havia me contentado apenas pela iniciativa de Reiner me trazer aqui para conversar sobre isso. Consegui escutar seus passos mais próximos, meu coração acelerou.

– Pode abrir – Escutei.

Lentamente afastei minha mão dos olhos, mas não demorei para abrir e o ver com algumas flores na mão.

– Quando estava em Paradis, Historia uma vez disse que as mulheres gostavam de receber flores... É a única coisa que tem aqui e eu posso te presentear – Ele pegou pegou uma das flores que estavam em sua mão e colocou atrás da minha orelha. – Essa flor é um lírio, ela representa o amor eterno, pureza da alma, inocência, fertilidade e a inteligência. Mesmo que eu não tenha tantas opções agora, acho que é a flor que melhor se aplica a você.

Funguei o nariz e sorri largo para ele antes de o abraçar forte.

– Obrigada, Reiner – Senti meu rosto molhar, talvez seja a emoção – Nunca imaginei que soubesse tanto sobre flores.

– Há muito sobre mim que você ainda não sabe – Ele se separou de mim antes de passar o polegar sob meu rosto molhado – Não chore, ainda não terminei.

𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braunOnde histórias criam vida. Descubra agora