– Eu acho que poderíamos nos beijar mais algumas vezes antes de assumir alguma coisa – Falei sincera.
– Mas... Por quê?
– Os casais sempre passam por uma trajetória bem longa e se beijam várias vezes antes de finalmente namorarem...
Escutei Reiner suspirar e logo suas mãos pousarem em meus ombros, o olhei confusa e o homem se aproximou deixando um selar rápido em meus lábios.
Senti minhas bochechas esquentarem e minha garganta trancar, o toque foi repentino e acabei por ficar parada até conseguir assimilar o que aconteceu.
– É...
– Precisa de mais? – O louro perguntou mas ao menos deu tempo para responder.
Ele me surpreendeu com um outro selar rápido, eu tentei segurar o sorriso mas ele fez novamente e eu tive que virar o rosto para não acontecer de novo. Acabei por ganhar um beijo estalado de Braun em minha bochecha, senti um leve molhado no lugar mas eu não sentia nojo.
Eu sentia euforia.
– Sobre o tempo... Acho que os sete anos que passei na ilha de Paradis podem contar como, certo?
– Eu não sabia que gostava de mim desde aquela época... – Confessei.
– Você era a única que realmente se importava comigo e se esforçava em me ajudar – Ele sorriu e segurou meu queixo, o virando em sua direção – Por mais que não faça mais isso, eu ainda me sinto o mesmo com você.
– Só fazia tudo aquilo porque gostava de você – Estava hipnotizada em seus olhos – Eu ainda gosto, mas não sei como mostrar isso agora.
– Mas eu sei.
Logo, ele me deu outro beijo, mas dessa vez diferente de todos os outros. Senti sua língua pedindo passagem e eu apenas cedi e fechei os olhos para aproveitar aquele momento. Eu o sentia invadir toda a minha boca, explorar cada parte dela e tocar minha própria língua durante aquele processo.
Um calor desconhecido por mim surgia em meio minhas pernas e eu ansiava por um pouco mais de toque vindo da parte do louro, felizmente fui atendida assim que suas mãos começaram a percorrer meu corpo, deslizando para baixo até parar em meu quadril.
Braun tinha mãos grandes e aquilo me deixava mais ainda hipnotizada por seu toque, elas me apertavam com cuidado e na medida certa. Sua língua era tão calorosa quanto o resto.
Nos separamos devagar e eu pude escutar a respiração ofegante de Reiner em meus ouvidos, meus pelos se arrepiaram no mesmo instante.
– Vamos... fazer isso mais vezes – Ele sugeriu e eu apenas assenti enquanto escondia meu rosto em seu peitoral.
Seu coração batia fortemente em seu peito, eu conseguia escutar muito bem e aquilo só me fazia lembrar que estava do mesmo jeito, apaixonada.
[...]
Finalmente o dia da feira comemorativa chegou, acordei mais animada que o comum e fiquei o máximo de tempo possível no banheiro tentando me arrumar. Não estava tão bom quanto Amalie conseguia me deixar mas eu ainda sim estava apresentável para sair.
Fui para a cozinha e preparei o café da manhã para mim e Sr. Leonhart, que chegou em poucos minutos.
– O cheiro do seu café é tão bom – Ele falou enquanto pegava uma xícara – Hm, está bonita, onde vai?
– Vou na tal feira com Reiner e as crianças soldados – Falei enquanto enchia sua xícara e logo após a minha – Acho que Galliard também vai.
– Espero que aproveite! Eu até iria mas não gosto de assistir casais felizes – Ri junto com o velho – Vai precisar de dinheiro?
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𝐑𝐀𝐒𝐏𝐔𝐓𝐈𝐍 • reiner braun
FanfictionEra difícil amar um soldado, ainda mais quando ele viaja para um lugar distante e volta anos depois. Mas ainda não era tarde o suficiente.