Advinha quem AINDA tá doente? Não aguento mais, família.
Mas tô melhorando, finalmente. Consegui mais foco e por isso consegui escrever um pouco pra vocês.
Mil perdões a demora.
E desejo sorte.
(...)
- Você o quê?! – Ivy se controlou muito para não gritar. – Enlouqueceu?
- Depende do ponto de vista de quem vê – A sargento fez uma careta, dividida entre sentimentos dúbios a respeito de uma mulher que conhecia há menos de um mês. – Mas não posso ficar me restringindo a vontades quando há um assassino à solta por aí.
- Do que diabos você está falando?
- Ela sabe dos pesadelos, de como eu fico... daquele jeito – até falar sobre isso era difícil para Gizelly, mas achou que aquele era o momento para contar a amiga. – Ela meio que... cuidou de mim.
- Você contou o porquê? – Como Gi não respondeu de imediato, Ivy continuou: - Você contou?! Gizelly, você nunca fala disso com ninguém! O que deu em você?
- Eu não sei porque eu contei – passou as mãos no rosto, exasperada. – Mas sei lá... a gente transou e... – Ivy deu um sorriso malicioso. – Desfaz essa cara, filha da puta. É sério o negócio, eu estou suspeitando dela, cara.
- Então vocês transaram...
- Você só escutou isso? – Gizelly revirou os olhos, sem acreditar na parceira e amiga.
- Deixa eu terminar, minha filha. Vocês transaram, você se abriu com ela, agora está dizendo que acha que ela é cúmplice de assassinato – Ivy olhou em volta, mas não tinha ninguém por perto. – É isso?
- Não só isso – olhou para o céu, buscando alguma ajuda divina. – Eu tentei interrogar ela, mas... acabei beijando.
Ivy começou a rir com a informação, mas tomou um soco no braço.
- AI!
- Para de ser idiota – revirou os olhos. – Eu estou falando sério. Vou te mostrar tudo que a babá me informou - suspirou. - Não consegui interrogar uma mulher, Ivy. Pelo amor de Deus, o que está acontecendo comigo?
- Você quer mesmo que eu responda?
- Não – Gizelly fez uma careta e tirou o celular do bolso.
Então começou a narrar o interrogatório da babá, contando cada detalhe do que havia acontecido. Deixou claro que ela estava calma e que não pensava muito nas respostas. Ivy continuava em pé, mas agora estava com o corpo apoiado na parede, e prestava atenção em tudo, fazendo perguntas ocasionais. Quando terminou, ela balançou a cabeça, ainda em dúvida.
- Você tem certeza? - Ela quis saber.
- Tenho, pode ir com tudo.
- Certo, então vamos lá.
Gizelly sabia muito bem o que era Ivy conduzindo um interrogatório a sério. O que estava pedindo para ela era algo que faria Marcela se sentir acuada. Não conseguiria fazer isso, não enquanto toda aquela tensão sexual estivesse presente entre as duas. Ivy era a melhor pessoa para isso, com ou sem tensão sexual. Apesar que ela era uma ameba quando estava perto de alguém que gostava, a prova disso era sua maneira desajeitada toda vez que a perita Mariana se aproximava das duas no trabalho.
Entraram juntas na sala, onde a babá estava dando gelatina para o pequeno Be. Ele assistia um desenho na televisão. Gizelly não fazia a mínima ideia de qual era, mas pelo visto era bom, porque os olhos azuis do pequeno não desviavam nem na hora de abrir a boca para capturar a gelatina de morango.
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A Informante
Historical FictionSer mulher dentro do departamento de polícia nunca foi um trabalho fácil, mas Gizelly sempre foi uma pessoa que nunca de fato se importou com isso. Destemida e com a vida pessoal repleta de cicatrizes mal curadas, ela se vê responsável por um caso g...