21- Não Sai Daí

1.2K 92 256
                                    

Dessa vez nem demorei, né?

Para quem curtiu o capítulo anterior, já digo para se preparar para esse, porque nem tudo são flores. Fica a dica kkkkkkk

Boa leitura a todos 😂

(...)

Como a loira havia dito, dessa vez, Gizelly não teve pesadelo.

Mas acordou de madrugada mesmo assim.

Uma vontade inacreditável de ir ao banheiro quase fez com que fizesse xixi na cama. Seu subconsciente já estava imaginando um vaso sanitário quando abriu os olhos e notou que não estava em casa.

Não sentia mais o corpo de Marcela sobre o seu e olhou para o lado de um jeito natural, mas franziu as sobrancelhas ao notar que ela não estava ali. Levantou, ainda sonolenta, mas com a mente começando a processar informações automaticamente, e foi até o banheiro do quarto. A porta estava encostada e aproveitou para fazer o que a obrigou a abrir os olhos.

Quando voltou, notou que as roupas da loira continuavam espalhadas pelo quarto, mas as portas do guarda-roupa estavam abertas. Sem acender a luz, foi até lá e procurou entre as roupas penduradas nos cabides até encontrar um blusão perdido branco, que Gizelly desejou do fundo do coração que não fosse de Daniel.

Que nojo.

Mas colocou mesmo assim, não tinha tempo para procurar por onde andava a sua calça e nem de vestir, jeans era um saco, porém se encarregou de vestir pelo menos a calcinha antes de abrir a porta do quarto devagar. Olhou para os dois lados e saiu, passando direto para a escada. Os dois quartos estavam fechados e silenciosos. Desceu na ponta dos pés, sem fazer barulho.

Quando chegou na sala, praguejou ao se lembrar que tinha esquecido a arma sob o travesseiro e ponderou sobre voltar ou não. No fim acabou seguindo em frente, algo que torcia para que não se arrependesse depois. Respirou fundo e passou pela sala escura, indo para o corredor que levava aos outros cômodos da casa.

O vão da cozinha iluminava parte do corredor, tinha alguém lá dentro, conversando com outra pessoa. No final, como Marcela havia falado mais cedo, tinha um banheiro social. Gizelly precisava de um lugar para se esconder caso a pessoa saísse de lá, por isso praticamente se arrastou até a vão e espiou lá dentro, franzindo as sobrancelhas com o que presenciou.

- Por que você está me ligando? - Gizelly arqueou as sobrancelhas. - Você está aqui dentro? Eu sei que você tem a chave.

Na mesma hora, a morena se arrependeu de não ter subido para buscar a arma. Além de estar com as mãos nuas, qualquer um poderia entrar lá e pegar. Encostada na parede, aproveitou que ela se virou de costas para pegar alguma coisa na geladeira e passou direto pelo vão, em direção ao banheiro. Abriu a porta o mais silenciosamente possível e se enfiou lá dentro quando notou que a luz do cômodo se apagou.

Agora tudo escuro, Gizelly notou os cabelos emaranhados por um pequeno vão que deixou na porta e um arrastar de quem não queria ter descido. Mas ela parou e olhou para trás. Gizelly xingou um milhão de palavrões em pensamento porque esbarrou em alguma coisa sem querer. Quando ouviu os passos vindo na direção do banheiro, encostou na parede, fechando os olhos e prendendo a respiração. Os passos se aproximaram, ficaram levemente mais altos, provavelmente ela estava descalça.

No escuro, a sargento ouviu a mão sobre a maçaneta e temeu que a porta fosse aberta e estragasse tudo. Mas diferente disso, ela foi puxada e batida. O barulho do trinco encaixando foi como música para os ouvidos de Gizelly, que suspirou aliviada.

Como uma boa soldado, esperou mais ou menos 30 segundos para voltar abrir a porta o mais lentamente possível. Achou melhor fechá-la ao sair, pois ninguém podia saber que esteve ali embaixo. Percorreu de volta o corredor e deu uma olhada dela antes de entrar na sala. A porta estava aberta e Gizelly sentiu a brisa da noite gélida bater levemente em seu corpo, mesmo não estando tão perto da saída.

A Informante Onde histórias criam vida. Descubra agora