Demorei, mas não tanto quanto da outra vez, né? Esse é um capítulo de passagem, mas tem uma revelação nele. O que será que ela quer dizer?
Daqui pra domingo, eu tô de volta, meus bebês 💗
(...)
Ivy sentia um misto de amor e ódio por Gizelly.
Já estava prestes a ir embora para casa quando recebeu a mensagem dela. Embora estivesse com raiva, não podia deixar de verificar. Estava farta daquele caso, tudo que queria era que acabasse de uma vez por todas. Então faria sempre o possível e o impossível para tentar de livrar daquele fardo.
Como a melhor amiga pedia urgência, só conseguiu reunir 8 homens no curto espaço de tempo que tinha. A voz dela na ligação ainda ecoava por sua cabeça, dando voz de prisão para Marcela. O que diabos estava acontecendo? Precisava de uma explicação.
Chegaram no local sem nem saberem por onde começar. Mas Ivy era mais esperta que isso, havia sido praticamente treinada para situações como aquela. Então, por ser uma interseção, dividiu a equipe em quatro e cada dupla foi por uma rua diferente para no fim se encontrarem no centro da encruzilhada.
O Centro àquela hora não era tão cheio durante a semana como normalmente ficava aos sábados e domingos. Faltava ainda bastante tempo para a saída do shopping, que ficava próximo, e as lojas de rua já estavam fechando. A maioria das pessoas àquela altura do campeonato já estavam se encaminhando para suas casas.
Ivy não ficaria de braços cruzados enquanto seus homens trabalhavam. Percorreu a rua lateral e entrou em um mercado ainda aberto. A mulher do caixa a olhou de cara feia, provavelmente porque o estabelecimento fecharia em breve, mas Ivy não percebeu, pois ficou parada perto da entrada, apenas de olho no cruzamento. Observou bem os oito praticamente se encontrarem e mais uma vez se separarem para continuar as buscas.
Até então tudo parecia ter sido mais uma vez em vão.
Queria mesmo era ligar para Gi e perguntar o que estava acontecendo de verdade, mas nessa hora notou um homem suspeito sair do bar do outro lado da rua, mais a frente, assim que os policiais se distanciaram. Ele estava de boné preto e roupas de academia da mesma cor, com tênis azul marinho. Parecia muito suspeito apesar de não ter os cabelos longos como Daniel, o porte físico era parecido.
Teve a certeza da culpa no cartório quando Soares chegou ao local junto com o parceiro, a mando de Gizelly. Nessa hora, o homem baixou a cabeça e tentou cobrir o rosto com a aba do boné. Essa foi a deixa para Ivy sair do mercado e atravessar a rua correndo.
A cena típica de filmes e seriados era bem clássica: o policial gritava pelo bandido antes de correr atrás dele. Mas Ivy não era nem uma idiota. Correu primeiro e não falou nem um "ai". Deixaria para dar voz de prisão depois que o prendesse. Então passou por algumas pessoas, correndo, tentando não esbarrar nelas e, quando estava bem próxima, ele finalmente a viu.
- Merda - praguejou, tirando a arma do cós do jeans de lavagem escura e aumentando a velocidade das largas passadas. - Você está preso!
Nas quatro direções havia policiais, então qualquer lugar que ele decidisse tomar, estaria cercado. Ele se precipitou e começou a correr, decidindo sem pensar muito na primeira à esquerda. Ivy pulou por cima de um saco enorme de lixo e usou o poste como apoio para fazer a curva as pressas, rodeando-o. Nesse momento, ele olhou para trás e aumentou a velocidade das passadas.
Uma coisa na vida que Ivy odiava demais era perseguição, mas isso não queria dizer que não era boa nisso. Acelerou o passo quando o viu virar a próxima esquina. Havia algumas pessoas caminhando na sua direção, fez o possível para desviar delas sem trombar com os corpos.
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A Informante
Historical FictionSer mulher dentro do departamento de polícia nunca foi um trabalho fácil, mas Gizelly sempre foi uma pessoa que nunca de fato se importou com isso. Destemida e com a vida pessoal repleta de cicatrizes mal curadas, ela se vê responsável por um caso g...