33- Eu Quero Morrer!

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Eu disse que voltava hoje, né? Aqui estou eu <3

Como eu estou atolada de trabalho, não vou conseguir vir até o final de semana, então trouxe um capítulo enorme para compensar.

Espero o surto de voces kkkkkk

(...)

Gizelly desceu as escadas com as mesmas roupas que vestia na noite do dia anterior – a calça jeans de lavagem clara e uma camiseta escura. Os cabelos agora penteados estavam presos em um coque alto e frouxo, que deixavam alguns fios soltos na nuca e ao lado do rosto. Há muito tempo não sentia o corpo tão leve, como se tivesse dormido uma noite inteira sem interrupções.

Mesmo assim sua mente estava ocupada demais pensando em um monte de coisas. A mensagem de Daniel ainda martelava em sua mente. Ele queria se encontrar com Marcela.

Mas por que só agora?

Algo estava muito errado. Será que a presença de Felipe o atrapalhava a se aproximar?

Talvez... Gizelly franziu as sobrancelhas, atravessando a sala a passos lentos. Será que ele achava que a polícia estaria ocupada e desestabilizada demais para se preocupar com a presença dele, em procura-lo? Era muito provável, fazia total sentido.

- Sagentooo! – Tudo se apagou quando se deparou com Be comemorando sua chegada com uma dancinha sobre a cadeirinha alta. – Dá bananinha pro Be?

Do outro lado da cozinha, Manu desejou um bom dia educado enquanto lavava o pouco da louça do dia anterior.

- Bom dia – respondeu, ainda com um pé atrás a respeito dela.

Marcela, que estava sentada na cadeira em frente ao filho, se levantou e caminhou até onde estava. Por mais que quisesse agir de forma diferente, Gizelly se pegou reparando que a camisola caía muito bem no corpo alvo e curvilíneo. Ela lhe entregou a colher e o prato.

- Toma, o filho é seu – ela brincou, rindo. – Vou trocar de roupa e escovar os dentes.

Revirando os olhos, mas sorrindo no fim das contas, Gi pegou o pratinho de plástico com banana amassada e também a colherzinha do mesmo material, ambos do Mikey.

- Gosta de bananinha, pirralho? – Pegou um pouquinho na colher e colocou na boca dele, se sentindo bem mais a vontade do que a primeira vez que se viram.

Estava acostumando com a presença do pequenino. Ele era engraçadinho demais e parecia gostar muito da sua companhia. Nunca pensou que poderia se dar bem com uma criança, nem ao menos tinha jeito para isso, mas Bernardo era um pequeno inteligente demais para a idade que tinha. Percebeu que gostava de dar corda para ele. E saber que ele realmente apreciava sua presença, confortava seu coração. Não eram muitos que gostavam de tê-la por perto.

- O Be gosta – os cabelinhos loiros e ondulados nas pontas estavam agora penteados. Bernardo vestia uma camisa listrada azul e branca e short azul marinho. – A sagento gosta?

- Meu nome é Gizelly, sabia? – Mas Gi riu. Manu terminou de lavar a louça e deixou a cozinha. Gizelly não viu que ela sorriu com a cena dos dois interagindo. – Não fica indo na onda da sua mãe não.

- Não tem onda aqui na Belazonte – as sobrancelhas quase brancas franziram, confusas com o sentido figurado dito pela detetive. – Não tem praia aqui na Belazonte.

Pela primeira vez em muitos anos, Gizelly gargalhou alto, curvando o corpo para a frente. Aquela criança era uma figura!

Lá de cima, de dentro do banheiro, Marcela ouviu a risada e ergueu as sobrancelhas de surpresa. Acabou sorrindo com a escova de dentes na boca, olhando o próprio reflexo no espelho.

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