43- Ela Nunca Aceitaria

611 82 152
                                    

Quem mais acha o fim de ano corrido aí? Pelo amor de Deus , 2021 não acaba mais não? SOCORRO!

Gente, um capítulo enorme de presente de Natal e vou tentar vir antes do Ano Novo, ein?

Feliz Natal, bebês. Obrigada por estarem sempre comigo. Vocês são MARAVILHOSOS!

(...)

Como forma de precaução, Gizelly ainda ficou mais um dia internada. Marcela estava doida para visita-la novamente, mas achou melhor não arriscar. Então ficou em casa sozinha, já que havia liberado Manu para passar uns dias na casa dos pais, afinal Bernardo estava em Sete Lagoas e a morena não tinha muito o que fazer.

O tempo em Belo Horizonte fechou completamente, dando lugar e espaço para horas e mais horas ininterruptas de chuva. Sem o pequeno de olhos azuis, a casa ficava triste e vazia. Estava morrendo de saudades dele, louca para voltar logo. Estava só esperando a sargento ser transferida do hospital, visitaria ela mais uma vez e deixaria a cidade para busca-lo finalmente.

Ser mãe era muito difícil, ainda mais quando a primeira coisa que a criança perguntava ao atender a vídeo chamada era:

- Mamãe, viu a sagênto?

Dessa vez Marcela tentou, mas não conseguiu evitar um revirar os olhos. Em seguida deu uma risada. Não era possível um negócio desse!

- Oi, Bernardo - ainda rindo, deitou melhor no sofá e tentou enquadrar da melhor forma que conseguia seu rosto na câmera do celular. - Não está com saudades da mamãe?

- O Bê está muita - a câmera tremia mais que tudo, Josi tentava manter o celular parado. - Mas cadê a sagênto?

- Ela mandou um beijo, disse que está com saudades de você também.

Os olhos azuis brilharam na imagem distorcida e Marcela sorriu ainda mais. Quem diria que o pequeno iria gostar tanto de uma pessoa rabugenta como Gizelly?

Na imagem parecia que estavam na varanda da casa sede da fazenda, era possível ver uma rede branca rendada acompanhada de um breu absoluto logo atrás. A única parte iluminada naquela área era a da casa e os caminhos mais próximos, sempre foi assim.

- Quando você vem, mamãe?

- Amanhã, meu amor. A mamãe está louca para te encher de beijinhos.

- A sagênto vem? Vem? Vem?

Marcela riu de novo, agora mais alto. Quando ia responder, alguém apertou a campainha. O barulho lá dentro sempre era bem alto. A loira franziu as sobrancelhas, estranhando. Quem poderia ser àquela hora da noite, ainda mais com a chuva torrencial que caía lá fora?

- Amor, a sargento não vai dessa vez - sorriu quando ele fechou a cara com a nova informação. - Mas eu prometo falar com ela sobre isso, tá bom?

Mais uma vez a campainha soou, o pequeno balançou a cabeça, ainda emburrado.

- Agora a mamãe precisa ir, daqui a pouco eu te ligo se novo, tá?

- Bê ama a mamãe, tá?

- Mamãe também te ama, meu amor - mandou um beijo para ele e desligou rapidamente, pois a campainha gritou de novo.

- Meu Deus, JÁ VAI!

Enquanto se levantava do estofado, bufou pela inconveniência do horário e olhou o celular para verificar se tinha alguma mensagem. Não tinha. Em silêncio agora atravessou a sala descalça e abriu a porta, sendo alvejada por um vento cortante e pingos grossos de chuva.

A Informante Onde histórias criam vida. Descubra agora