Nossa, dessa vez eu vacilei. Não tinha percebido que postei tem tantos dias kkkkkk viajei real. Mas aqui está um capítulo bem grandão pra vocês sz
(...)
- Já tentou ligar para alguém próximo? Tem algum lugar que ela costuma ir todos os dias? - Marcela estava realmente preocupada.
- Na academia - Ivy se lembrou que tinha pegado o número da melhor amiga de Gizelly e franziu as sobrancelhas. - Vou ligar para a Bianca.
A ligação tocou várias vezes antes de cair, mas Ivy era o tipo de pessoa que sempre ligava mais de uma vez, independente do assunto a ser tratado. Para ela, o toque verdadeiro era o da segunda ligação em diante, porque algumas pessoas tinham o celular como enfeite. E Bianca atendeu no terceiro toque, a boca cheia enquanto falava:
- Pensei que você só gostasse da mim bêbada - as palavras saíram emboladas, mas a detetive conseguiu entender e, apesar da situação, soltou uma risada.
- É você que não gosta de mim, esqueceu?
- Ah, é a garota do romance noturno - Mari comentou consigo mesma.
Provavelmente estava pensando alto e não notou isso, porque estranhou quando Marcela a olhou com o cenho franzido e Ivy ficou mais vermelha que um pimentão.
- Então - ela limpou a garganta, o celular ainda na orelha, a cara fervendo de vergonha. - A Gi está aí com você?
- Gi? Não, ela não apareceu por aqui hoje - Bianca fez uma pausa, como se estivesse checando, e voltou a falar em seguida: - O que foi?
- Tentaram matar o Felipe - a professora de educação física tossiu do outro lado da linha, assustada com a informação. - Estou preocupada com ela.
- Espera mais um pouco, me manda mensagem caso ela não apareça. Minha aluna chegou, tenho que ir.
Ivy revirou os olhos quando a ligação foi encerrada. Embora tivesse achado a reação de Bianca um pouco fria, a entendia de certa forma. Não era amiga da sargento desde pequena, mas entendia perfeitamente como a mente dela funcionava. Quando estava mal, se sentindo pressiona, com medo, entre outras coisas que a fizesse recuar, Gizelly geralmente se isolava das pessoas. Ela preferia sofrer sozinha a ser consolada.
E odiava isso nela, odiava pensar que ela estava em algum lugar sofrendo sozinha. Não queria nem pensar em que lugar, senão ficaria ainda mais preocupada.
Bianca estava trabalhando, também não podia julga-la por isso.
Sem mais saber o que fazer por enquanto, tentou seguir o conselho da professor. Ficou conversando com Mari e Marcela até quase dez da noite, ainda esperando por uma notícia qualquer. Agora a loira estava do outro lado do balcão servindo um cliente, mas logo voltou com cara de interrogação.
- Nada ainda? - Marcela estava realmente preocupada. - Não acha melhor procurar por ela?
- Vamos fazer isso - a morena tirou o bloco de notas surrado do bolso do jeans, o mesmo que usava para anotar informações importantes de interrogatórios. - Vou listar os lugares que ela costuma ir - se virou para Mari. - Você me ajuda?
Mari sorriu de leve e assentiu.
- Posso ajudar também? - A loira mordeu os lábios nervosa
- Claro que sim.
Ivy conhecia a amiga o suficiente para saber que ela carregava nas costas um terrível trauma por causa da perda da mãe. Nem queria imaginar o que ela seria capaz de fazer com tanta dor em cima dos ombros.
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A Informante
Historical FictionSer mulher dentro do departamento de polícia nunca foi um trabalho fácil, mas Gizelly sempre foi uma pessoa que nunca de fato se importou com isso. Destemida e com a vida pessoal repleta de cicatrizes mal curadas, ela se vê responsável por um caso g...