44- Para o Carro Agora

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Ooooooi! Tem alguém ainda na correria desse ano que não acaba nunca? Pelo amor de Deeeeeeeeus!

Quero muitos votos e muitos comentários, ein? Quem sabe amanhã não estarei de volta para fazer uma surpresa?

Beijos, lindezas!

(...)

Gizelly ainda estava meio grogue pelos remédios. Que porra tinha acontecido? Já não caía no sono com os remédios, então por quê...?

O corpo todo estava pesado e as costas doíam, talvez pela posição em que estava sentada. Franziu as sobrancelhas, tentando se sentar melhor, mas sentiu uma pontada na ferida. Os pontos incomodavam e coçavam, mas o idiota do médico isolou a área com ataduras. Estava louca para tirar aquela merda de uma vez.

Gi piscou um par de vezes e olhou para o lado, achando tudo ainda muito estranho. Mari dormia ao seu lado, a boca aberta. Estava dentro de um carro?

- Oi, sargento.

Oi, sargento?

Só então encontrou um par de olhos castanhos claros a olhando através do retrovisor interno, estavam levemente puxados. Ela estava sorrindo, provavelmente se divertindo com a sua situação.

- Marcela?

- Como você está se sentindo?

- Estou com dor, mas... - olhou para fora e fez uma careta. Estavam na estrada? - Para onde estamos indo?

- Já vou logo adiantando que a ideia foi da Ivy - Marcela jogou no ventilador, tirando o corpo da linha de tiro. Não era nem besta. - Estamos indo para a fazenda dos meus pais.

- O quê?! - Gizelly se sentou melhor e gemeu de dor, levando a mão ao tórax. - Merda de dor desgraçada. Fazenda dos seus pais? Que porra é essa, Marcela?

- Já disse que a ideia não foi minha.

Ao lado, Mari despertou com a sargento falando alto. Abriu os olhos sem entender e rapidamente fechou, fingindo então que estava dormindo. Até parece que ficaria entre as duas, ainda mais agora. Não, não. Fingir era muito melhor, por isso manteve os olhos fechados e ainda abriu a boca só por precaução.

- O que essa idiota está pensando? - Passou a mão no rosto, revoltada. - Faz o retorno, nós vamos voltar.

- Obviamente que não.

- Marcela, faz a merda do retorno.

- Não.

Pelo espelho, Marcela poderia jurar que estava vendo o rosto da sargento se tingir de vermelho. Ela estava com raiva, mas não voltaria. Já estavam viajando há mais de uma hora.

- O calmante que te deram pelo jeito era fraco - Marcela quis alfinetar, mesmo sabendo que receberia alguns gritos como resposta.

- Me deram calmante?! Porra, para o carro agora.

- Não vou parar o carro no meio da estrada. Fica quieta aí, daqui a pouco estaremos pegando a estrada de terra.

- Cara, vocês entendem que isso pode dar muita merda? Porra, volta com essa merda de carro, Marcela.

- Foi odeia do seu pai e, não, eu não vou voltar com o carro.

A sargento franziu o cenho.

- Meu pai sabe?

- O quê?

- Para onde estou indo?

- Não, mas a ideia de te tirar da cidade foi dele.

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