Oi, gente. Como estão?
Então, deixa eu dizer uma coisa. Eu estou de volta a ativa na escrita, mas continuo sem tempo. Isso não mudou em nada lkkkk então segurem a ansiedade de vocês. Vou voltar sempre, não se preocupem sz
Beijinhos
(...)
Era o final de uma tarde ensolarada de domingo. Era dezembro, estavam de férias. No horizonte, o sol se escondia por entre o muitos prédios da cidade. Gizelly, Bianca e Felipe estavam na praça da Liberdade, onde geralmente passaram o dia inteiro andando de skate, bicicleta e patins, alternando entre eles os brinquedos.
Gizelly tinha 14 anos na época e se lembrava perfeitamente das risadas enquanto Felipe tentava enfiar de qualquer jeito o pé no patins de Bianca, que também morria de rir. O pé dele era infinitamente maior que o de ambas.
- Seu pé não cabe, Lipe - Bia não conseguia se segurar.
- Claro que cabe, eu coloquei semana passada!
- Seu pé cresceu demais - Gi concordou, limpando as pernas da calça jeans surrada que vestia. Nos pés, um par de all star pretos e antigos. Quando ele finalmente conseguiu encaixar, completou rindo: - Ficou lindo de rosinha.
- Fica na sua - mas o menino também ria.
Enquanto Bianca passeava de bicicleta, Gizelly se equilibrava no stake rindo de um Felipe que tentava se equilibrar nos patins cor rosa chiclete. Naquele momento, a morena esqueceu pela primeira vez de tudo que a fazia sofrer toda vez que fechava os olhos a noite.
E desejou que aquele momento durasse para sempre, ao lado do irmão e da melhor amiga.
(...)
O filme antigo passou lentamente pela cabeça da detetive, mostrando um dos momentos em que mais marcou sua vida ao lado do irmão adotivo. As palavras de Ivy ainda ecoavam por sua mente, como um mantra, embora o celular não estivesse mais sobre seu ouvido.
Com o braço solto ao lado do corpo, a ligação ainda rolava e Ivy a chamava do outro lado da linha, mas não ouvia mais nada.
Sabia o quanto odiava Felipe, o quanto o evitou durante anos e mais anos. Eram melhores amigos, ele era o que tinha de mais sólido, mesmo depois de conhecer Bianca. Por muito tempo era apenas ele quem esteve ao seu lado.
Mas sempre foi adepta ao fato de que preferia estar sozinha a estar com alguém que de alguma forma a tenha machucado. E foi isso que ele fez, ele a magoou e foi um idiota por muito tempo depois disso. Mesmo tendo se desculpado, achava melhor ficar longe, não queria sofrer o risco de ter que passar por algo semelhante novamente.
De sobrancelhas franzidas, ergueu o celular até a altura do busto e encerrou a ligação, interrompendo bruscamente a voz da amiga que ainda a chamava. Então prendeu finalmente o notebook nos braços e pegou o primeiro táxi que passou na porta do shopping.
Embora mais barato, não queria ter que esperar a chegada do Uber, então tratou de ir logo. A mente estava em combustão, pensando em um milhão de coisas ao mesmo tempo. Ia do caso ao passado, de Marcela ao assassino, de Ivy a Bianca, de Felipe a Mariana. E nunca chegava a lugar algum, porque estava um tanto desnorteada para entender o que estava pensando.
Poucos minutos depois, já que o departamento ficava bem próximo do Cidade, entregou o dinheiro ao motorista e pediu para que ficasse com o troco, assim saindo do banco de trás e indo a passos largos até a porta de entrada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Informante
Fiksi SejarahSer mulher dentro do departamento de polícia nunca foi um trabalho fácil, mas Gizelly sempre foi uma pessoa que nunca de fato se importou com isso. Destemida e com a vida pessoal repleta de cicatrizes mal curadas, ela se vê responsável por um caso g...