Oiii. Dessa vez não esqueci de vocês não, ta? Só fiquei sem tempo mesmo. Prova da autoescola, trabalho, essas coisas.
Mas tenho uma proposta...
Quero lutar pra movimentar bastante isso de novo. 90 curtidinhas e bastante comentário (sem bobeira) e eu trago outro amanhã.
Topam?
Beijos e, quem sabe, até amanhã <3
(...)
Ninguém no planeta entendia a mente de Gizelly por completo. As vezes ela chegava a acreditar se havia alguém igual no mundo, se não era a única que agia de tal forma, porque chegava a ser engraçado de tão trágico o que seus atos vez em quando a levavam.
Normalmente gostava de ficar sozinha quando se sentia mal de alguma forma, se sentia mais à vontade assim. Não gostava de demonstrar como algo podia deixa-la tão para baixo, preferia passar a imagem de imbatível que todo mundo conhecia. Principalmente quando era relacionado a algo do qual fazia questão de mostrar a todos que nunca se incomodaria se alguma coisa viesse a acontecer.
Não queria admitir que a notícia em si já havia lhe causado um baque absurdo. Não conseguia parar de pensar em Felipe e em como ele era no passado, antes de se tornar um babaca. E, ao contar tudo para sua mãe, o baque de vê-la chorando, desconsolada, colocou ainda mais peso em suas costas já sobrecarregadas.
Não demorou muito para que Gizelly a levasse até o hospital na garupa da moto.
- Você não quer entrar? - A mais velha perguntou, na escadaria de entrada. O rosto estava inchado e os olhos vermelhos de tanto chorar.
- Agora não - informou, colocando ambas as mãos nos bolsos de trás da calça jeans. - Vou em casa tomar um banho e espairecer a mente um pouco.
- Não quer saber notícias? - A expressão de Olívia era de evidente preocupação com a filha.
- Não - Gi respondeu com calma e diminuiu sem querer o tom em seguida: - Não agora pelo menos.
Dito isso, foi para casa. Tomou um banho rápido e depois saiu para a rua, onde comprou um novo maço de cigarros e uma garrafa de tequila barata. Até então, não derramou uma só lágrima, embora o coração estivesse apertado a ponto de doer.
Foi quando sentou no chão da praça e abriu a garrafa, que as primeiras lágrimas escorreram. As mensagens no celular apitavam uma atrás da outra e, respirando fundo ao acender um cigarro, decidiu desligar o aparelho.
Era dessa forma que fazia, sempre como uma forma de proteger a si mesma ou em prol de alguma coisa que de fato a beneficiasse. Em sua mente, não era nada de mais, nada que pudesse fazer estragos ou que fosse deixar pessoas chateadas. Geralmente só via que era o oposto depois, quando alguém vinha reclamar do que tinha feito ou algo parecido.
Como agora pouco, quando percebeu que as meninas poderiam mesmo ter ficado preocupadas consigo. Não fazia mesmo de propósito. Por isso ligou de volta o celular e avisou que estava bem, mesmo que na verdade não estivesse. E também nesse exato momento, quando o coração praticamente parou de bater ao encontrar os olhos claros de Marcela a encarando de volta, questionadores.
Em sua mente, estava fazendo o certo, mesmo que isso pudesse dar muito errado.
Outra vez o celular de ambas notificou uma nova mensagem. O de Gizelly, que estava no silencioso, somente acendeu a tela, o de Marcela, apitou.
A loira abriu o WhatsApp, Gi nem notou que havia prendido a respiração com o gesto. O coração estava prestes a sair pela boca.
- Eu nem vi que as meninas adicionaram você no grupo também - Marcela comentou, as sobrancelhas franzidas.
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A Informante
Historical FictionSer mulher dentro do departamento de polícia nunca foi um trabalho fácil, mas Gizelly sempre foi uma pessoa que nunca de fato se importou com isso. Destemida e com a vida pessoal repleta de cicatrizes mal curadas, ela se vê responsável por um caso g...