A Informante

51- Você e o Bê

Antes tarde do que nunca, né? Eu não sou de desistir das coisas que eu começo.

Gente, minha vida tá um CAOS. Simplificando pra vocês. Abri uma empresa geek com produtos personalizados do zero, junto com a minha namorada. Ainda continuo dando aula, fazendo curso e indo pra academia. Ou seja, minha vida tá um caos real. Não vim porque desisti, porque não tinha inspiração. Eu queria escrever muito, mas não conseguia tempo.

E sigo sem!

Nem sei se ainda tem gente aqui. Sei que tem um pessoal mandando sempre mensagem perguntando e eu sumi. Desculpa, gente, não foi minha intenção.

Mesmo sem ninguém, eu vou terminar. As pessoas precisam saber quem é o assassino né? Kkkkk

Desculpa mais uma vez. Vamos voltar?

(...)

- Vamos, abre o bico - Ivy não aguentava mais esperar para ouvir a fofoca.

- Vocês são insuportáveis. Eu quero fazer xixi - Mari choramingou. - Elas foram criadas juntas, praticamente como irmãs. Os pais são melhores amigos até hoje. Foram para as mesmas escolas, frequentavam a mesma igreja, essas coisas.

- Difícil imaginar aquela diaba orando - Bianca murmurou.

As meninas riram e, antes de continuar, a perita respondeu:

- Não fique com raiva dela. Ela é uma boa pessoa.

- Não defenda a vagabunda - Ivy a beliscou.

Embora não tivesse expressado nada, Gizelly estava atenta a conversa, ao mesmo tempo em que ficava de olho em quem entrava e saía da casa. Só por precaução.

- Ai, certo, certo. Vocês tem direito, por ser amiga de vocês. Mas o que rolou foi que a Mariane sempre foi apaixonada por ela. Todo mundo sabia, menos a Marcela.

Sempre lerda, Ivy sentiu vontade de responder, mas ficou quieta porque queria saber logo tudo.

- Adriana também não sabia, mas sempre rolava um clima entre as duas. Um dia, ela decidiu mandar uma cartinha.

- Uma cartinha? Quantos anos tem isso?

- Elas eram novas. Para de ser chata, Bianca. Pode continuar, Mari.

- Resumindo, porque eu quero fazer xixi. Adriana esqueceu o destinatário e a Má quem recebeu. Ela rejeitou a garota sem saber que a carta não era para ela.

- Que porra? - Ivy fez uma careta.

- Até que tudo fosse esclarecido, Dri ficou um bom tempo afastada da Mari e começou a se aproximar ainda mais da Marcela, que fingia que nada tinha acontecido.

- Pera, pera - Bia levantou as mãos, confusa. - Deixa eu adivinhar o resto. Aí essa Adriana se apaixonou pela Marcela, né?

- Touché!

- Mano?

- E a Marcela? - A voz de Gizelly fez com que as meninas se assustassem.

- Ficou interessada? - Bianca a alfinetou.

- Cala a boca.

- Acho que você deveria perguntar o resto para ela. Eu realmente preciso ir no banheiro, pelo amor de Deus.

- Começou, agora termina - Gi cruzou os braços, emburrada.

- Cara, eu vou ter problema na bixiga, mas....

- Eu não já falei para você não ficar conversando com esses caras? Qual o seu problema, Virgínia?

As quatro garotas de viraram ao ouvirem um rapaz gritando a poucos metros de distância. Ele era forte e alto, com os cabelos escuros cobertos por um chapéu de caubói branco. Segurava o braço de uma mulher baixinha com força.