Capitulo 30

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Júlio Mendonça

Estar entre a cruz e a espada, é difícil, realmente, mas eu não recomendo a ninguém, Henrique me fez prometer que não encostaria na Catarina, ele me falou que Vitória estava preocupada e que sabia, que era só questão de tempo até que eu a machucasse.

Henrique quase me fez assinar um termo de distanciamento, a sorte foi que ele queria chegar cedo para mostrar a mãe, que agora é um homem de família responsável, patético, sou totalmente contra casamentos, nunca gostei de ficar amarrado, por isso que eu prefiro amarrar.

No começo, esse contrato que eu fiz com Catarina, seria uma vantagem com Lia e para mim seria uma vantagem com a Sarah, minha única intenção era amá-la, mas parece que Catarina não quer me ensinar.

- papai! Solta a mamãe - Lia ordenou, me lembrando de onde estávamos.

- muito bem senhorita - falei me afastando de Catarina.

Catarina voltou a limpar as mãos da Lia, me aproximei por trás dela, encostando minha ereção contra as costas dela, segurei sua cintura com força, ela se mexeu, mas foi quase imperceptível.

- ainda não terminamos - falei deixando uma mordida na curvatura do seu pescoço, antes de me afastar completamente, dei um tapinha leve - comparado ao que eu queria fazer - em sua bunda.

Dei um beijo na testa da Lia, que parecia alheia a qualquer coisa que acontecia naquele banheiro, estava voltando para a mesa, quando meu celular tocou, era a Sarah, demorei um pouco para atender.

- senhor? - ela perguntou com uma voz manhosa.

- o que você fez de errado? - perguntei, indo direto ao ponto, afinal não gostava que ela me ligasse enquanto estou com a minha família.

Matheo passou por mim, com os olhos vermelhos e a gravata na cabeça, a noite deve ter sido boa, minha mãe vai matar ele.

- eu... eu me toquei senhor - revirei os olhos esfregando olhos.

- hoje a noite, quero você ajoelhada na cama, assim que eu chegar, sua punição deixará marcas.

Desliguei tentando respirar fundo, depois que ela perdeu o bebê, os pesadelos voltaram, minha cabeça parecia pesada e Catarina não saia da minha mente, tentei de tudo, até me afastei um pouco, tentei ser agressivo, mas nada parece funcionar.

Quando voltei para mesa, ela estava sentada, com o cotovelo apoiado na minha cadeira, Lia estava no colo da Megan, que era para onde Catarina olhava fixamente, tanto que nem percebeu minha aproximação.

Me sentei espalmando a mão na coxa de Catarina, aquele era o melhor lugar para deixar minha mão, quentinho e receptível, Catarina parecia cansada, ela não quis comer nada, segurei sua perna e coloquei no meu colo, ela estava perfeitamente aberta, eu podia fazê-la gozar bem aqui.

Puxei a outra perna fazendo com que ela ficasse fechada para me tentar, eu a segurei pela mão, ela apoiou a cabeça na curvatura do meu pescoço, enquanto entrelaçava nossos dedos.

- só preciso de um minuto - ela falou e depois relaxou o corpo.

Como que eu queria ouvir aquelas palavras em outra situação, quando todos já tinham saído, Matheo passou pela porta e franziu a testa olhando a situação, Catarina ainda estava deitada na curvatura do meu pescoço, mais um pouquinho e ela estaria no meu colo.

Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora