Capítulo 56

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Catarina Hernandez

A Lia se apaixonou de primeira, quando viu o pitbull dourado, o tratador falou que ele só tem cinco meses e que ele vai se adaptar de acordo com a criação, mas como temos a Lia, não vamos criá-lo para ferir, de nenhuma forma, fora que tem o Lucky, do lado de uma parede invisível que divide os terrenos.

Lucky passou correndo para o lado de cá, quando sentiu o cheiro do Sky, batendo com força na porta de vidro transparente, Lia ficou tão preocupada, que chorou, mas ficou mais tranquila quando percebeu que o Lucky estava bem. Sky ficava sambando na frente do Lucky, pequeno para o tamanho dele.

Mas relativamente grande para o tamanho padrão, os olhos verdes focaram nele, Júlio se sentou ao meu lado no sofá, olhando para os cachorros que estavam pulando um na frente do outro, como se já se conhecessem a anos.

- que rápido - Júlio falou, com um olhar de águia, na Lia, que estava próxima aos cachorros.

- deu match - sussurrei para ele, que sorriu para mim e depois voltou a olhar para Lia - fico feliz que o Matheo gostou, ele já escolheu o nome? Vai ser mesmo Madrid?

- sim, ele é bem decidido, o nome é Madrid, não me pergunte o porque, eu não faço ideia do porque ele gosta tanto da Espanha - Júlio respondeu.

- em dois vamos entregar o projeto em quanto tempo? - perguntei.

- acho que em dois meses, ou algo assim - Júlio falou e Lia se sentou, Lucky deitou atrás dela, caso Lia se desequilibrasse.

Por um momento, eu me senti feliz e repleta, isso tudo é o que eu sempre sonhei.

- eu te pedi em casamento, mas já somos casados, pensou em uma data? Porque eu acho melhor me programar logo, afinal a minha despedida de solteiro, vai ser épica - bati no ombro dele - aí, isso dói.

- tudo certo, arrumei um noivo feito de açúcar.

- agora eu entendi porque você não consegue tirar a boca de mim.

- diabéticos saindo do chat, porque o docinho chegou - falei.

Júlio gargalhou, até ficar vermelho, Lia olhava atenta, provavelmente achando que ele estava com problemas.

- estou passando mal - Júlio conseguiu dizer entre risadas.

Lia correu até o pai, chamando atenção dos cachorros, que correram juntos, Lia passou os braço pelo pescoço do pai e fez cara de séria, ou ao menos tentou.

- respira - Lia falou e Júlio sorriu mais.

- você vai assustar ela - reclamei, também sorrindo.

Júlio tentou parar de rir, mas acabou contagiando, Lia começou a sorri, Sky e Lucky corriam pela sala, ao redor do sofá e da mesa de centro - que eu agradeci por ser de madeira, e pelos lados arredondados, por causa da Lia - Lucky alcançava o Sky, mais rápido do que ele gostaria, por causa dos meses na frente.

Enquanto, Júlio agora, fazia cocegas na barriga da Lia, meu celular tocou em algum lugar da sala, entre as risadas. Me levantei procurando o bendito celular, que por Deus! Estava em um lugar muito bem escondido.

- me ajuda a procurar - falei para ninguém importante e Júlio começou a rir mais alto.

Me virei para ele, colocando as mão na cintura, para observar o palhaço encarnado.

- o quê? - falei, Júlio apontou para os cachorros que não pararam de correr, então eu vi o meu celular na boca do Lucky, que para desviar de mim, pulou a perna esticada do Júlio, já o Sky, tropeçou nas próprias perninhas e caiu por cima do Júlio.

Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora