Capítulo 37

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Catarina Hernandez

Perdi a conta de quantas vezes tentei conversa com o Júlio durante o jantar, mas ele resolveu me ignorar, quando nos sentávamos ele colocava uma mão na minha coxa - muito próximo de onde eu gostaria - mas não se movia, só ousou mexer a mão para apertar minha coxa, me contorci na cadeira e fiz menção de me levantar, mas ele resolveu que não queria que eu me levantasse, estranhamente Matheo encarou o meu pescoço vazio e depois a pulseira que rodeava o meu pulso esquerdo.

No começo achei que Júlio, talvez estivesse com ciúmes do próprio irmão, mas depois percebi que era por outro motivo, os olhos do Matheo, mostravam irritação pura, já os do Júlio, mostravam culpa, é incrível o quanto você aprende sobre as pessoas que você odeia, mas convive diariamente, o jantar foi seguido por pedidos de desculpa dos meninos, já que haviam sido presos.

Conversar com Vitória seria mais difícil do que eu pensava, ela saiu de mãos dadas com o marido logo depois que terminou de comer e acredite, Vitória resolveu comer pouco naquela noite, me desvencilhei do toque do Júlio, pedindo licença e falando que iria dormir.

E foi isso que eu fiz, só me importei em trocar de roupa e me deitar, dormi calma e profundamente, até acordar sentindo a cama balançar algumas vezes, Júlio estava em outro pesadelo, mas ele... simplesmente parou, do nada ele parou, até chequei seu pulso para saber se o coração de pedra estava batendo.

Depois que percebi que o coração do homem que não ama ninguém, incrivelmente bate, coloquei um short preto e uma blusa lilás, coloquei a minha pantufa de Friends e desci, encontrei com Vitória no escritório por volta das 10 da manhã.

- suponhamos que o seu marido fosse preso - comentei casualmente enquanto ela prendi o cabelo em um coque.

- porque ele estaria preso?

- isso é relevante?

- nem tanto, prossiga.

- se ele fosse condenado e ficasse preso por 60 anos, você decidiria esperar por ele?

- porra... ele é o meu marido, o cara que eu mais amo depois do meu filho, claro que eu esperaria por ele.

- você passaria 60 anos esperando um cara só por que o ama?

- Catarina, eu não sei aonde você quer chegar, mas se eu recebesse o mínimo sinal que ele corresponde aos meus sentimentos e me mostrasse que é 100% reciproco, eu esperaria 90 anos se necessário.

Fiquei calada no momento certo, já que dois minutos depois, a sala foi praticamente invadida pelo Henrique e o Júlio, ambos vestidos casualmente, camisa polo e jeans.

- ora ora, então vocês começaram sem nós - Júlio falou sentando-se em um sofá de couro marrom.

- três dias em Miami, você deveria me agradecer senhor Mendonça, afinal, nem todo mundo aguenta você e suas regalias - balbuciei me encostando na poltrona.

- vamos passar em casa antes de ir - em casa? o que ele quer falar com em casa? Cada dia mais confuso, obrigada Júlio.

- vocês vão para uma conferência, são nove horas de voo, amanhã de madrugada vocês voltam para casa, depois vão para o aeroporto, vocês devem chegar no fim da tarde, esse é o primeiro dia de vocês, o segundo será tranquilo, a manhã é livre, a tarde vocês vão para o congresso e no terceiro dia, vocês voltam durante a noite - instruiu Vitória.

- o avião está em revisão para decolagem, tudo se encaixará para amanhã, a cobertura estará limpa e pronta para vocês... esse congresso sobre marketing é um dos mais considerados, no final vocês receberam um certificado e no fim é isso.

Henrique completou, mas olhando no geral, eu ainda não compreendo o porquê desse congresso, sou formada em publicidade e propaganda, e fiz alguns cursos de marketing, afinal não poderia assumir a empresa do meu pai, sem saber de nada sobre o ramo.

Assenti enquanto me levantava, Júlio me acompanhou até o quarto, tentei ir para uma direção oposta, mas a mão dele no final das minhas costas, simplesmente não me deixou fugir.

- o quê você tem? - parabéns senhor Mendonça! Você fez a pergunta do milhão, espere um pouco e receberá o prêmio.

- nada - respondi ríspida.

- ontem.. você passou o jantar inquieta e agora isso.

- isso o que?

- esse comportamento, parece que estou tentando segurar o gelo mesmo sabendo que ele vai derreter.

- Júlio. Eu não quero atrapalhar você - ele estava a quase um metro de distância, agora eu consigo respirar a mesma respiração que ele.

Júlio colocou as duas mãos no meu rosto, me mantendo parada, fechei os olhos aproveitando o calor daquelas mãos, ele beijou a minha testa e depois beijou meus olhos.

- você nunca vai me atrapalhar.

Com essa frase eu perdi tudo, perdi o controle e avancei na boca que eu tanto quis sentir, Júlio não demorou em corresponder, foi o beijo mais incrível da minha vida, o encaixe foi perfeito, gemi quando ele mordeu a minha boca. Me afastei para ter certeza de que é isso que ele quer.

- tem certeza? - perguntei receosa, já que eu não queria que ele se afastasse.

- eu que deveria fazer essa pergunta - ele falou enquanto mordeu a minha orelha - eu tenho certeza, você tem?

Não me dei o trabalho de responder, ao invés disso, tirei as pantufas, Júlio rosnou quando teve que interromper o beijo para tirar a minha blusa, ele aproveitou para puxar a própria camisa, andei de costas até a cama, Júlio sorriu tirando a calça juntamente coma cueca, isso é... perfeitamente grande.

Em um movimento explicito, Júlio puxou meu short, me deixando só com a calcinha de renda branca.

- meu anjo - ele falou antes de puxar a calcinha, rasgando-a calmamente.

Ele não esperou nada para começar a beijar a parte interna da minha coxa, meu peito ficou rígido com alguns beijos, afinal espero que Júlio seja melhor que o Enzo.

Sim, ele é, enquanto ele me olhava, a língua dele brincava com o meu clitóris inchado, quando ele mordeu o ponto inchado, fui no céu e voltei, minha vista ficou clara, a única coisa que eu consegui fazer foi segurar os cabelos do cara bom de cama. No fundo da minha mente ouvi uma batida na porta.

- Catarina? Vamos começar a fazer o bolo de cenoura - uma voz que me pareceu ser da Ana falou o que eu não queria ouvir.

Júlio me penetrou com um dedo enquanto eu pensava em uma desculpa, na hora que eu ia gemer, uma mão tapou a minha boca, Júlio sorriu ainda com a boca na minha intimidade.

- Ela não está aqui Ana - Júlio respondeu por mim, antes de voltar a me satisfazer.

Ana não falou mais nada, senti que ele começou a usar outro dedo, dois dedos e a língua, eu vou morrer aqui e agora. Júlio tirou a mão da minha boca e beliscou o meu mamilo sensível, minha pele arrepiou quando eu mordi o lábio, chegando no meu ápice outra vez, senti minhas pernas começarem a tremer, Júlio subiu me dando um beijo na barriga.

Depois mordeu o meu lábio, se deitou ao meu lado e me puxou para si, eu me sentia morta, mal conseguia me mexer.

- descanse - foi tudo que ele falou antes do meu corpo relaxar, eu sabia que ele ainda não estava satisfeito, mas isso não pareceu incomodá-lo.

O membro ele duro encima da barriga, me dizia que ele não estava nem um pouco satisfeito por não ser tocado, por isso cobri seu membro com a mão, Júlio rosnou quando passei o polegar na glande, sentindo o pré-gozo que cobria a ponta.

- deixe isso para Miami.

Meu corpo estremeceu com um aviso que aquela não seria a primeira e última vez que faríamos isso.

×××××

Satifeitos? porque o Júlio não KKKKKKKKKKKKKKKKK, óbvio que ele está feliz por finalmente ter conseguido seduzir nossa pequena catcat, mas isso não acaba aqui, por enquanto não

VOTEM MUITO #SOUIDOSAENÃOSEISERSAFADA, sou um anjinho

Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora