Capitulo 32

988 102 7
                                    

Catarina Hernandez

O jantar foi uma maminha deliciosa, fui para o quarto antes do Júlio, Lia já estava no décimo sono quando eu fui para o quarto que tinha o berço para ela, aproveitei para tomar um banho quente.

Os jatos de água quente, massagearam o meu músculo tensos das minhas costas, peguei um pijama rosa, um short e uma blusa, ambos de seda, o short tinha um babado na ponta, fui para a cama na ponta dos pés, rezando para dormir antes que o Júlio chegasse.

O que não aconteceu, Júlio seguiu para o banheiro pouco minutos depois que eu me deitei, ouvi o barulho da água, tentei forçar minha mente a não pensar na água quente escorrendo por aquele corpo maravilhoso.

- pensando em algo bom? - Júlio perguntou parando ao meu lado.

Minha visão estava nivelada na altura do seu membro, virei o rosto enquanto Júlio gargalhou.

- consigo ouvir suas engrenagens rodando - ele falou tirando a toalha para se deitar na cama ao meu lado.

- no que eu deveria estar pensando? - rebati.

- no que eu falei mais cedo.

- o que você falou mais cedo? Você fala tanta coisa.

- deixa - ele falou deitando de barriga para cima.

Me virei para ele, observei o abdômen rígido subir e descer, depois mexi um pouco a perna e elas se encostaram, senti um choque passar do corpo dele para o meu e vice-versa.

Júlio também sentiu pois estremeceu ao meu lado.

- quando os pesadelos começaram? - perguntei sentindo as minhas mãos formigarem com vontade de toca-ló.

- tive isso a minha infância toda, mas pararam depois que eu comecei a ser dominador, mas... - ele limpou a garganta - agora eles voltaram como uma cachoeira.

- então voltaram depois que a Sarah perdeu o bebê?

- porquê é tão fácil para você falar dela?

- porque não sou eu que fodo ela - falei sorrindo.

- talvez - ele falou.

Um silêncio insuportável se instalou, pensei em falar alguma coisa, mas senti que não deveria, mesmo com a língua coçando, tanto para falar, quanto para... ah fala sério! Não gosto dele, isso não vai mudar, ele é arrogante, gostoso, cretino, delicioso, argh! Tenho que parar com isso.

Não sei com quanto tempo aconteceu, mas eu sei que demorei muito para dormir.

Acordei, passando a mão pelo lençol ao meu lado, mas tudo que eu senti, foi um enorme vazio, o lençol estava gelado, olhei para o lado, percebendo que Júlio não estava realmente em nenhum canto do quarto. - vai que ele decidiu entrar nas sombras e fica escondido no canto da parede - tinha que olhar para ter certeza que ele não estava lá.

Desci as escadas, na verdade essa foi a parte mais fácil, a mais difícil foi encontrar as escadas, essa casa é enorme, Júlio estava apoiando na bancada de madeira da cozinha, tomando o que me parecia... café, credo.

Me aproximei devagar, passei a unha nos músculos das costas dele, ele soltou um suspiro como se estivesse tentando se controlar ao máximo.

- você tem que parar - ele sussurrou.

- com o que? - perguntei fazendo a sonsa.

- com isso, com os beijos, com a cama, com as unhas.

Me aproximei o suficiente para morder a parte de trás do seu ombro, Júlio rosnou e me puxou para sua frente, me prendendo com os braços.

Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora