Catarina Hernandez
O jantar foi uma maminha deliciosa, fui para o quarto antes do Júlio, Lia já estava no décimo sono quando eu fui para o quarto que tinha o berço para ela, aproveitei para tomar um banho quente.
Os jatos de água quente, massagearam o meu músculo tensos das minhas costas, peguei um pijama rosa, um short e uma blusa, ambos de seda, o short tinha um babado na ponta, fui para a cama na ponta dos pés, rezando para dormir antes que o Júlio chegasse.
O que não aconteceu, Júlio seguiu para o banheiro pouco minutos depois que eu me deitei, ouvi o barulho da água, tentei forçar minha mente a não pensar na água quente escorrendo por aquele corpo maravilhoso.
- pensando em algo bom? - Júlio perguntou parando ao meu lado.
Minha visão estava nivelada na altura do seu membro, virei o rosto enquanto Júlio gargalhou.
- consigo ouvir suas engrenagens rodando - ele falou tirando a toalha para se deitar na cama ao meu lado.
- no que eu deveria estar pensando? - rebati.
- no que eu falei mais cedo.
- o que você falou mais cedo? Você fala tanta coisa.
- deixa - ele falou deitando de barriga para cima.
Me virei para ele, observei o abdômen rígido subir e descer, depois mexi um pouco a perna e elas se encostaram, senti um choque passar do corpo dele para o meu e vice-versa.
Júlio também sentiu pois estremeceu ao meu lado.
- quando os pesadelos começaram? - perguntei sentindo as minhas mãos formigarem com vontade de toca-ló.
- tive isso a minha infância toda, mas pararam depois que eu comecei a ser dominador, mas... - ele limpou a garganta - agora eles voltaram como uma cachoeira.
- então voltaram depois que a Sarah perdeu o bebê?
- porquê é tão fácil para você falar dela?
- porque não sou eu que fodo ela - falei sorrindo.
- talvez - ele falou.
Um silêncio insuportável se instalou, pensei em falar alguma coisa, mas senti que não deveria, mesmo com a língua coçando, tanto para falar, quanto para... ah fala sério! Não gosto dele, isso não vai mudar, ele é arrogante, gostoso, cretino, delicioso, argh! Tenho que parar com isso.
Não sei com quanto tempo aconteceu, mas eu sei que demorei muito para dormir.
Acordei, passando a mão pelo lençol ao meu lado, mas tudo que eu senti, foi um enorme vazio, o lençol estava gelado, olhei para o lado, percebendo que Júlio não estava realmente em nenhum canto do quarto. - vai que ele decidiu entrar nas sombras e fica escondido no canto da parede - tinha que olhar para ter certeza que ele não estava lá.
Desci as escadas, na verdade essa foi a parte mais fácil, a mais difícil foi encontrar as escadas, essa casa é enorme, Júlio estava apoiando na bancada de madeira da cozinha, tomando o que me parecia... café, credo.
Me aproximei devagar, passei a unha nos músculos das costas dele, ele soltou um suspiro como se estivesse tentando se controlar ao máximo.
- você tem que parar - ele sussurrou.
- com o que? - perguntei fazendo a sonsa.
- com isso, com os beijos, com a cama, com as unhas.
Me aproximei o suficiente para morder a parte de trás do seu ombro, Júlio rosnou e me puxou para sua frente, me prendendo com os braços.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tentação oposta - livro 2 da série: Os Mendonça
Romance"Se ele não fosse um cretino, talvez o amar, fosse fácil" Catarina Hernandez, em um piscar de olhos, se vê em uma situação inesperada, depois de ter que lidar com uma morte da sua tia, como dona de uma empresa de marketing, ela já se sentia acost...