Capítulo 55

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Matheo Mendonça

O babaca do meu irmão, é literalmente um babaca, estou tentando parar de fumar a séculos, mas é instantâneo, toda vez que eu me estresso, minha mão vai parar no bolso, procurando o maldito maço de cigarros.

Mas eu não estou odiando o Gabriel atoa, ele quer por algum motivo, que eu convença a Morgan, a falar com a Megan, para que ela desista do hotel dele para um maldito desfile, que só deve acontecer em dois anos no mínimo.

- você nasceu para deixar minha vida feliz, não para estragar o meu dia - reclamei para o Gabriel que estava sentado no sofá do meu quarto.

- eu preciso disso - Gabriel falou se jogando na porra da minha cama.

- foi você que transou com a outra mulher, transa com a Megan - debochei.

- jamais dormiria com uma mulher tão mimada, ela nem deve querer fazer boquete, deve ser daquele tipo cheio de nojo.

- nojento é você por estar falando isso em alto e bom tom, se a Vitória te escuta falando assim da amiga dela... eu não quero nem estar perto - argumentei.

- desculpe - ele cobriu o rosto com as mãos - eu não consigo me controlar quando se trata dela.

- você quer fazer o favor de levar as suas lamúrias para outro lugar? - perguntei procurando o maço de cigarros, mas eu não estava de calça, procurei minha calça pelo quarto, mas não encontrei em lugar nenhum, até dentro da cueca eu olhei.

Gabriel levantou a cabeça para me olhar, enquanto eu percorria o quarto com o olhar, para ver se eu encontrava o maço de longe.

- você tem uma bundinha, que olha... melhor do que muitas por aí - Gabriel protegeu a cabeça com isso s braços quando eu joguei um travesseiro encima dele.

Ouvi a porta da frente, ser aberta, antes até que o Gabriel, me levantei descendo as escadas de mármore, Gabriel parou logo atrás de mim, quando percebeu Morgan e Megan, - elas dariam uma boa dupla sertaneja, se morassem no Texas e não em Londres.

- bela cueca - Megan debochou antes de se virar para a irmã - já podemos ir?

- não - Morgan respondeu, se virando para mim, sem descer os olhos dos meus, em momento algum - você vai parar de fumar - ela falou com uma posse surpreendente.

- quer que eu abane o rabo? Não aceito nada de fucinheira, mas vou querer uma bolinha nova, nada de me fingir de morto, mas pode me mandar deitar e rolar - debochei.

- cortei suas contas - Morgan falou, contendo um riso de escárnio e a desgraçada não sabe nem fingir.

- você o quê? - isso só pode ser algum tipo de pegadinha.

- essa é a minha deixa - Gabriel falou batendo no meu ombro como forma de despedida e andou até a porta, sem olhar para Megan.

Megan se sentou no sofá preto e fingiu olhar para qualquer outro lugar, sem ser para mim e para a irmã, que particularmente, é a minha pessoa favorita para um estrangulamento.

- porque eu deveria parar de fumar? Eu já parei de beber - reclamei.

- e o que adianta você salvar o fígado e acabar com o pulmão? - tão palhaça.

Boa lógica, para um médico.

- você não tem poder para cortar as minhas contas - reclamei.

- tente - rebateu.

- tentar o que? - perguntei.

- tente usar o cartão, ou os cartões e passe vergonha com todos e em todos os lugares, que sequer tentar, todos os seus irmãos estão proibidos de lhe dar o mínimo de dinheiro - Morgan me pagaria por aquilo, mais cedo ou mais tarde.

Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora