Capítulo 46

972 100 2
                                    

Catarina Hernandez

Algumas das mulheres andam sem se importar se estão vestindo apenas a calcinha e o sutiã, me sinto completamente fora de mim, eu jamais frequentaria um lugar assim sozinha, e eu estou surpresa pelo Júlio me trazer até aqui. Na verdade achei que fossemos jantar e depois sexo e cama.

Mas definitivamente, não foi isso que eu recebi, ainda não sei se isso é bom ou ruim.

- essa é uma escrava - Júlio sussurrou seguindo a direção para onde eu olhava.

- como você sabe? - perguntei.

- porque eu os conheço, mas você consegue distinguir facilmente, as escravas são mais... devotas aos seus mestres.

- mestres? - que porra é essa?

- isso eu explico depois, mas eu não gosto dessa ideia de ter uma escrava sexual - graças aos céus.

Júlio pegou uma máscara de couro com uma mulher que tinha a pele dourada? Me pareceu dourado, talvez eu esteja enlouquecendo. Ele me virou para colocar a máscara da couro preto, com um formato de orelhas, talvez de coelhos, não sei.

Depois disso, Júlio voltou para a recepção, enquanto eu observava atentamente as mulheres que usavam um tipo de sutiã que deixava os mamilos amostra e os homens que passavam, se inclinavam para mordiscar ou chupar, como forma de cumprimento.

- se quiser podemos ir para algum lugar reservado - um homem com uma máscara de gato falou parando ao meu lado.

- eu nã... - antes que eu pudesse responder, Júlio chegou por trás de mim, colocando uma mão possessiva na minha cintura, enquanto me puxava para trás.

O homem entendeu na hora, levantando as mãos e saindo do caminho, Júlio me entregou um cartão-chave, sem falar nada.

Andamos por um corredor escuro que tinha algumas portas abertas e alguns nomes, que não me pareceram nomes normais e sim apelidos ou pseudônimos, na porta que Júlio instruiu para que eu colocasse a chave, tinha o nome "Ayla". Olhei para Júlio antes de olhar para a porta aberta, esperando uma explicação do nome.

- Ayla significa Luz da lua - ele explicou colocando a mão no final das minhas costas, me instruindo para entrar no grande corredor.

Assenti devagar olhando em volta para o corredor que tinha luzes vermelhas, o corredor em si, não tinha nenhuma porta, apenas uma no final, quando chegamos ao último cômodo, olhei em volta, com calma.

Novamente nada de mais, apenas um quadrado, com cinco portas de vidro, que mostravam escadas atrás de cada uma.

- cada um de nós tem uma - Júlio explicou enquanto eu olhava para as portas, cada uma tinha uma inicial gravada.

Júlio me guiou para a porta que tinha um "J" gravado, subimos as escadas até um corredor que tinha duas portas.

- área privativa senhor Mendonça? - debochei.

Ele abriu a primeira porta a direita me empurrando para dentro.

- tire as roupas - ele ordenou antes de fechar a porta atrás de si.

Minhas mãos começaram a tremer enquanto eu tentava desabotoar o sutiã de renda preta, que o próprio Júlio havia me dado mais cedo, Ele entrou no quarto assim que eu desci a calcinha, Júlio rosnou antes de caminhar até um armário abrindo-o para pegar algo que estava dentro de uma caixa de madeira.

Agora ele usava apenas uma cueca cinza, que contornava seu membro.

- de quatro - ele falou caminhando até a cama.

- então... - arrisquei começar a falar, mas um olhar severo do Júlio me disse que ele não estava pedindo.

Apoiei os joelhos na cama, Júlio empurrou meu ombro para baixo, antes de puxar minha cintura, me deixando exposta demais.

- você sabe a sua palavra? - ele murmurou.

- cretino - sussurrei, ele me recompensou com um forte tapa do lado direito da minha coxa.

- quero tentar um plug anal com você - ele comentou como se não fosse nada.

- nem fodendo - antes que eu sequer me desse conta, um belo tapa atingiu a minha bunda, me fazendo gemer, quando ele apertou a carne dolorida.

Júlio jogou a caixa de madeira na cama ao meu lado, abrindo-a em seguida, consegui ver um pênis de borracha, um negócio de metal que eu espero que seja o plug, ou então eu saio correndo.

- posso? - ele pergunta pegando o plug e um pote com lubrificante.

Aceno com a cabeça, agarrando o lençol abaixo de mim, Júlio derrama o líquido nas minhas costas, fazendo uma leve massagem, tentando me fazer relaxar, e conseguiu, nem me dei conta até sentir a superfície fria contra minha carne sensível.

Meu corpo arrepiou e Júlio soprou as minhas costas, que ficaram geladas na hora, indicando-me que ele havia passado outra coisa em mim, enquanto eu relaxei.

- lembre-se de falar comigo - ele disse introduzindo o brinquedinho.

Que deslizou facilmente graças ao lubrificante, entrando totalmente, no começo um desconforto tomou meu corpo, mas logo depois meu músculos relaxam, tempo suficiente para Júlio tirar a cueca e passar a cabeça do seu membro pela minha intimidade molhada.

Enterrando-se em mim rápido e com força, Júlio gemeu quando eu apertei o lençol com força, Júlio atingiu um ponto sensível com toda essa força, como se ele dependesse disso para viver.

Minha pele relaxou aproveitando ao máximo todas as sensações, tentei memorizar cada sensação, mas meu corpo revigorava a cada estocada, me trazendo de volta para aquele momento com ele e não com as sensações. Minha vista ficou branca quando Júlio retirou e colocou de volta o plug.

Júlio bate novamente na minha bunda e eu deixo escapar um gemido alto quando sinto seu membro pulsar dentro de mim.

Sinto como se o meu corpo desligasse quando outro orgasmo intenso me atinge, dessa vez Júlio me acompanha, curvando o corpo por cima do meu, com a boca no meu ouvido ele diz:

- não quero que isso acabe.

Meu corpo desmorona no colchão, Júlio se preocupa em sair de mim com cuidado, e depois retira o bendito plug, isso faz milagres. Ele pega um lenço preto, para me limpar, o toque erótico, me acende, principalmente quando ele morde e puxa o meu seio, arqueio as costas do colchão.

- eu vou me desfazer - sussurrei deixando as costas caírem no colchão novamente.

- descanse meu anjo - foi tudo que ele disse antes de desligar as luzes do quarto e se deitar ao meu lado, me puxando para si.

Descansei a cabeça na curvatura do seu ombro pensando em como tudo pode se tronar difícil de repente.

Maldito cretino, entrou na minha vida tão rápido, que eu nem sequer tive tempo de fechar as portas e as janelas, até os ralos eu fecharia, mas não nego que me sinto feliz com ele, meu mundo parece mais... pecaminoso.

- Júlio?

- hum? - ele resmungou.

- leve essa coisa conosco para Londres - bati o dedo na caixa de madeira que estava ao meu lado.

- pode apostar anjo - ele disse em um tom divertido mas as suas mãos desceram até a minha bunda, fazendo um arrepio percorrer a minha espinha.

Isso vai ser minha perdição.



×××××
Confesso a vocês que eu estava me contendo nessa questão do bdsm, fiz muitas pesquisas para trazer o melhor desse conteúdo para vosmecês.

votem y votem porque deu trabalho 🌟

Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora