Capítulo 53

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Catarina Hernandez

Eu odeio o Júlio, pelo o que ele fez comigo, mas eu não posso continuar me enganando, agora eu dou desculpas por causa da Lia, mas na verdade eu não quero me afastar, mesmo que ele tenha destruído o meu coração, que eu demorei muito para reconstruir.

Que Lia tinha e tem traumas, mas o difícil é saber o porque, afinal minha princesinha, mal fala, ela apenas reage mal, quando falamos algo, que muitas vezes nem sequer, sabemos que podem... irritá-la.

- esse é o Sr. Roberts, dono da cadeia de Petshops, que eu te falei - Vitória falou me apresentando a um homem de meia idade, pele bronzeada, cabelos escassos, e uma aliança de prata no dedo anelar esquerdo.

Terno muito bem passado, mas ele não usava o colete, para finalizar o terno de três peças, estávamos na sala habitual da empresa que Vitória comandava, o Marco central do seu império, como ela mesma chamaria.

Henrique havia ficado ao lado de fora, conversando com Júlio, aparentemente, ontem Júlio contou por cima tudo que tinha acontecido e agora estava dando os detalhes ao melhor amigo e primo.

- vou precisar de um slogan para uma campanha que já está pronta, disponibilizei dois cães, para você e o seu companheiro de trabalho, vocês tem uma semana para me entregar, você acha que consegue? - o homem de meia idade falou com uma voz rouca e exausta, afirmei que sim com a cabeça e Vitória sorriu.

- tudo ficará pronto antes do prazo, o senhor não se decepcionará - Vitória falou e o homem sorriu, levemente.

- já pensou em alguns nomes para os animais? - o homem perguntou voltando-se para mim.

- não posso decidir pelo meu parceiro, mas, a minha vai ser Sky, ou o meu, mas gosto do nome unissex - falei antes que a porta fosse aberta, por dois homens enormes - que contra a luz, ficam melhores ainda, se é que isso é possível - Henrique e Júlio.

Henrique em seu terno preto de três peças - preto, - a barba perfeitamente feita e alinhada, as tatuagens do pulso esquerdo a mostra e um relógio prata do lado direito - de longe eu diria que é um Rolex.

Já Júlio, com o seu terno cinza perfeito, que abraçava cada curva dos seus bíceps, o relógio dourado no pulso, o cabelo alinhado para trás, aquele bendito terno, escondia um belo corpo, mas... que porra, esqueci que o odeio.

Virei o rosto, voltando a olhar para Vitória que fez uma careta, já sabendo de tudo que havia acontecido no dia anterior.

- ótima escolha de nome - o homem falou - vocês são bons profissionais?

Eu poderia me sentir ofendida, mas Henrique já estava por mim, pela Vitória e pelo primo, então deixei a irritação para o próprio.

- recentemente, fizemos alguns cursos em Miami, estabelecendo a excelência para o contratante - ele sorriu em aprovação.

- será um imenso prazer trabalhar com a sua excelência - conquistei o cliente da maneira mais simples, rápida e fácil - agora se me dão licença.

O homem saiu, fechando a porta com um clique suave atrás de si.

- ele é ótimo - falei para Vitória, ignorando os dois homens atrás de mim.

- eu sei que sim, afinal, eu escolho os meus clientes a dedo - Vitória se gabou, se recostando na cadeira.

- é sempre bom ver que elas reconhecem a nossa presença - Henrique falou - olhando no geral, acho que devíamos sair hoje.

- sim!

Aparentemente, vamos sair hoje.

(...)

Júlio pediu 5 shots de tequila com limão, não me opus, na verdade ninguém se opôs, quando ele fez o pedido - relativamente forte para o que estamos acostumados - mas ninguém reclamou.

Morgan não quis vir por causa da irmã, que ainda estava mais para lá, do que para cá, Megan, alegou que não se sentia bem para ver o - bastardo Mendonça - Gabriel, tanta burocracia, por causa de uma mordidinha no lábio, esses jovens.

Geralmente o bar da aérea vip, estaria cheio de mimadinhos e filhos de papais, mas hoje, estava relativamente misturado, algo me diz que deu a louca na Vitória.

- eu quero te mostrar um negócio - Júlio sussurrou no meu ouvido, chegando com uma mão pesada na minha cintura, puxando-me, contra seu corpo com força, me fazendo ofegar. Enquanto com a outra mão, ele segurava um drink.

- ainda estou... - Júlio lambeu uma linha da minha nuca, até a minha orelha, gemi baixinho fechando os olhos - brava.

- repita isso quando eu estiver lambendo esse drink, direto do seu corpo, você se opõe? Meu anjo.

Ele disse, com a boca encostada no meu ouvido, fazendo arrepios correrem soltos pelo meu corpo, me dando uma sensação de pré-erupção, o uso do apelido, foi apenas para me provocar, e conseguiu, já que eu movimentei meu quadril contra ele, no ritmo da música desconhecida, que tocava alta e cheia de batidas.

- vou te comer contra aquela pilastra - segui o olhar do Júlio, vendo uma pilastra no meio da multidão.

- mas... - fui calada por uma mordida no meu ombro.

- você vai gostar, só preciso que você confie em mim, você precisa relaxar meu amor - meu corpo parecia mais fraco a cada palavra dele.

Meus pés se moveram, antes mesmo que minha mente desse o comando, Júlio foi rápido, pressionando minhas costas contra a pilastra, eu já conseguia sentir o seu membro duro, na minha barriga, Júlio derramou um pouco do drink na minha clavícula, passando a língua e deixando uma mordia na minha pele sensível.

Júlio desceu a mão da minha cintura, até a barra do meu vestido preto, Júlio brincou com a renda que cobria a minha intimidade, antes de afasta-la para o lado. Para me penetrar com um dedo, longo e grosso.

Nesse momento, tudo pareceu parar, as pessoas, pareceram sumir, a música pareceu parar, as luzes não existia mais, eu podia sentir tudo a minha mercê, mesmo que eu estivessem contra a parede, com um movimento fluído, Júlio abriu o cinto, e rapidamente me penetrou com força, fazendo-me, arquear as costas.

- porra! Achei, que nunca mais fosse poder tocar ou entrar em você - Júlio murmurou, mantendo o movimento dos quadris constantes e a boca mordendo o meu pescoço, gemi baixinho, Júlio segurou minha perna, para me penetrar mais profundamente, me fazendo gemer mais alto e agradecendo pela música ser alta o suficiente, para que ninguém pudesse saber o quão, ele era bom naquilo.

Meus músculos se contraíram ao redor dele, quando ele esfregou o polegar no meu ponto sensível, Júlio parou de se mover, quando olhou para o lado, provavelmente reconhecendo alguém, mas segurou o meu pescoço, me proibindo silenciosamente, de olhar para a pessoa.

- goza comigo - ele ronronou no meu pescoço.

E foi assim, que o meu corpo cedeu, desejando, que ele ficasse ali comigo naquele minuto, para sempre, Júlio chegou ao ápice, junto comigo, as pessoas ao redor, gritaram para o DJ e Júlio sorriu para mim, ele tirou um lenço do bolso, limpando a minha intimidade, antes de sequer arrumar as próprias roupas.

- Enzo quer falar com você, no lado sul do bar, espero que ele não se importe de sentir o meu cheiro em você.

Eu sabia - eu sempre soube - que Júlio era e é, um grande filho da puta, mas se a pessoa que estava olhando, fosse mesmo o Enzo, o que eu falaria? Eu não tenho nada a falar para ele, não depois de pagar de louca, quando ele me procurava e de repente, aparecer casada.

E Júlio, estava certo, eu estava com o cheiro dele e o sentia dentro de mim, me preenchendo de várias formas, mesmo que ele estivesse longe - na questão de roupas, que agora se tornavam uma maldita barreira - mesmo que ele estivesse a uma respiração, antes de se abaixar, mordendo com força o meu pescoço, o maldito estava me marcando.

E eu nem me importava.



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ela esqueceu rápido demais para o meu gosto, quem sabe um tirinho indolor? Eu apoio muito.

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Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora