Capitulo 4

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Catarina Hernandez

Ultimamente, não consigo fazer nada por completo, sempre alguém me interrompe, até na porra do meu banho, ainda bem que não estou transando com ninguém, porque se interrompessem o sexo, aí sim dona Catarina viraria uma leoa.

- Como você entrou aqui? - pergunto para Enzo Lombardi - ou melhor, como você sabe que eu moro aqui?

- Só existe uma Catarina Hernandez em Londres, mas depois me falaram de uma tal de Vitória... - ele fala e eu ri.

- Ainda bem que veio para minha casa ao invés da dela, já que ela tem um marido muito ciumento.

Ele faz uma careta me fazendo rir alto, se não fosse pela minha completa nudez, eu estaria tranquila.

- Como você não quis jantar... - ele fala mas eu o interrompi.

- Você agiu igual um maníaco e invadiu minha casa? - falo em um tom sério.

- Talvez, mas não foi de todo mal - ele andando, até a borda da banheira e se senta, se não fosse pela espuma, que cobria o meu corpo, eu com certeza teria surtado e saído correndo igual uma louca.

Mas aí ele teria uma visão da minha bunda, não sei o que é pior, se eu ficar ou se eu correr. Bom... se eu ficar o bicho pega, mas se eu correr, o bicho come.

Ele brinca com a água e a espuma, não me mexi em momento nenhum, qualquer pessoa pensaria que eu estava paralisada, mas eu não quis esboçar reação quando ele tocou minha coxa.

- Então... - falo e ele me olha - qual a sua fixação comigo?

- Boa pergunta, acho que gostei demais de você - ele fala ainda com os dedos raspando de leve na minha coxa.

- O que você quer comigo? - pergunto vendo ele tirando a mão da minha coxa e dobrando a camisa social até o cotovelo, isso não vai acabar bem.

- Ótima pergunta, mas eu ainda não sei - ele coloca a mão de volta na minha coxa, mas desta vez aperta.

- Para quem invadiu a minha casa, você parecia bastante decidido um segundo atrás - falo prestando atenção na sua mão, que estava visível dentro d'água já que a espuma se dispersou.

- Eu estava decidido, mas ver você assim... - ele solta um rosnado e balança a cabeça em negação - mas não vou fazer nada.

Ele tira a mão, eu solto o ar que nem sabia que estava prendendo.

- Me espere lá em baixo, desço em 20 minutos - falo sabendo que vou descer antes.

- Tudo bem - ele fala e sai do banheiro, saio do banheiro pouco tempo depois, vou até o closet e pego um vestido rosa de alcinha, com um decote não muito grande e com o comprimento até a metade da minha coxa.

Assim que desço as escadas, começo a procurá-lo, não sei porque, mas ele não estava na sala, andei basicamente a casa toda, até que o encontrei na cozinha.

- Até que enfim - falo abrindo os braços - te procurei em tudo que é lugar.

- Estava exatamente aqui - ele fala e alguém bate na porta.

- Só um minuto - falo mas ele me segue até a porta.

Assim que a abro, vejo Gabriel com os braços cruzados sob o peito.

- Vejo que está ocupada. Que pena - ele fala e dá as costas.

- O que foi seu cretino? - falo e tenho certeza que Enzo está confuso.

- Vitória mandou te chamar, todos estão lá na casa do Henrique.

- Que é a casa da Vitória - falo para corrigir.

Tentação oposta - livro 2 da série: Os MendonçaOnde histórias criam vida. Descubra agora