Um péssimo ritual

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— Eu sempre soube que a música que você coloca nos ensaios era para fingir ser um bad boy— Louis falou na volta do encontro que começou bem, teve um desajuste no meio e estava terminando muito bem.

— Hum? — Harry perguntou parando de cantarolar a música da Lana Del Rey que tocava baixinho no rádio— Ah, eu não...— ele tentou se defender e Louis riu deixando um beijo nas costas da mão de Harry que estava grudada na sua desde o momento em que eles entraram no carro.

— Tô só brincando, Hazz— ele sorriu— Na verdade não estou, eu sabia mesmo.

— Ei— Harry protestou sem conseguir segurar a risada. Ele estava certíssimo, fazer o quê?

— Fica tranquilo que seu segredo está seguro comigo— Louis falou piscando para o mais novo.

— Eu sempre quis tentar uma dança mais contemporânea para poder dançar ao som de Lana Del Rey— Harry admitiu aproveitando que seus segredos estarão seguros com Louis.

— Mesmo? — Louis perguntou, mas ele não parecia inteiramente surpreso.

— Bem, sim— deu de ombros.

— Eu acho que você deveria tentar um dia desses— Louis repetiu o gesto do cacheado.

— Mesmo? — Harry estava surpreso com essa resposta.

— Uhum— Louis concordou balançando a cabeça afirmativamente— Você é todo desengonçado, combina com o estilo— ele brincou falando sério— Sem contar que essa música me lembra muito você.

— Louis— Harry falou sério— Essa música fala sobre ficar com homens mais velhos para poder subir na carreira— Louis riu com a indignação do cacheado— E você não conta— acrescentou com os braços cruzados.

— Bom, talvez não a letra— se defendeu.

— E eu nem sei se tenho teoria suficiente pra sair por aí me jogando no chão— falou essa parte mais baixo.

— Isso você consegue aprender— Louis encorajou fazendo carinho na mão do cacheado com o polegar.

O carro voltou para o silêncio só quebrado pela voz do cacheado ainda cantando.

— Eu queria abrir uma escola de balé para crianças— Louis soltou. A noite das confissões.

— Jura? — Harry perguntou, mas conseguiu imaginar a cena perfeitamente. E isso só serviu para aumentar a vontade de beijar Louis mais uma vez.

— É, sei lá, talvez mais pra frente— deu de ombros meio tímido.

— É uma ideia ótima— o cacheado se empolgou— Eu acho que você combina muito com crianças— ele disse olhando para frente com um sorriso.

— O dia que você largar a companhia para virar um bailarino contemporâneo eu abro minha escolinha de balé do Tio Lou— prometeu desviando a atenção da rua que estava parando de novo para sorrir para Harry.

— Mas eu nem consegui virar um bailarino mais famoso do que você ainda— Harry falou— Isso é algum plano para me impedir de te ultrapassar no amor das velhas ricas? — perguntando, tirando uma risada alta de Louis.

— Só nos seus sonhos, cachinhos.

— Você pode ter esses olhos azuis, mas eu tenho o charme e os cachos— Harry ainda provocava— Nenhuma velha rica resiste aos meus cachos.

— Nenhum rapaz de 24 anos chamado Louis de olhos azuis também não— Louis falou só para ter o prazer de ver as bochechas de Harry adquirirem um tom de vermelho intenso.

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