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Niall me expulsou de casa (parte 2)

Depois desse encontro estranho, Harry ficou ocupado. Os coreógrafos russos começaram a mostrar pra que tinham atravessado um continente inteiro e passaram a exigir uma perfeição que ninguém era capaz de possuir. Isso não os impedia de tentar.

Louis ficou ocupado com as aulas também. E talvez com Stan nas horas vagas, já que o amigo parecia precisar de uma babá 24 horas por dia.

O plano de Niall teve que fazer uma pausa ou ser reestruturado, como ele gostava de dizer. As mensagens continuavam, mas os encontros presenciais realmente sofreram uma pausa.

Bom.

Quer dizer, Harry continuava sentindo falta de Louis. É só que agora o medo do mais velho se cansar dele estava mais controlado.

Mesmo que Louis nunca o mandasse mensagens primeiro.

Harry estava surtando. Essa era a verdade.

Ele se sentia ridiculamente estressado.

Em um dia, perto do final do mês, os russos pegaram pesado com o cacheado. Nada que ele não estivesse acostumado, na verdade. Algo sobre ele não confiar nos seus próprios movimentos e parecer uma boneca de gesso dançando.

O problema é que eles gritaram isso na cara dele. E Harry estava muito estressado mesmo.

Isso o deixou meio chateado e pensativo o dia inteiro.

Na hora de ir embora, Niall foi de encontro ao amigo que ainda não tinha nem começado a se arrumar. Ele estranhou o movimento.

— Vamos, cachinhos? — perguntou tentando parecer o mais relaxado possível.

— Pode ir, Ni— ele falou— Vou ficar mais um pouco— explicou.

— Harry— Niall repreendeu. Ele temia que o Harry com burnout voltasse.

— Eu juro que não vou continuar ensaiando, Nini— Harry prometeu— Só quero dançar um pouco sem regras.

— Quer que eu fique? — Niall perguntou satisfeito com a resposta.

— Não precisa, eu já vou voltar pra casa, é só um pouco— ele negou.

— Sorte sua ser tão amigo do John— o loiro falou, rindo quando Harry levantou a chave da entrada do prédio.

— Sorte minha— falou e se despediu do amigo.

Quando todos haviam saído do prédio, Harry ligou sua playlist secreta cheia de Lana Del Rey no aparelho de som e aumentou o volume o suficiente para que seus pensamentos não pudessem ser ouvidos.

Assim, começou a dançar com toda a alma que ele tinha. Se jogando no chão de maneira dramática e desordenada, só fazendo o que seu coração mandava. Do jeito que ele sonhava fazer de vez em quando. Era um sentimento tão incrível.

Nem viu os minutos e as horas passarem. O Sol já tinha se posto fazia muito tempo, mas a única coisa que permitiu que ele saísse do transe que tinha entrado com a música foi a voz que ele ouviu da porta.

— Será que você pode diminuir um pouco sua música? — Harry sorriu sem precisar olhar na direção da porta para saber quem era. Aquele sotaque carregado só vinha de uma pessoa.

— Acho que já passamos por isso— ele falou andando até o celular para pausar a música.

— Já, mas você era mais teimoso naquela época— Louis falou se aproximando.

— Oi— Harry cumprimentou quando finalmente olhou na direção de Louis.

— Oi— o mais velho respondeu com aquele sorriso tímido.