Capítulo VII - Os ajudaria

362 56 27
                                    


[Ainda no sábado, a tarde. 16h52min]

Naruto voltou para sua casa naquela tarde acompanhado dos irmãos Sabaku. Assim que entrou perguntou para a mãe o que não saia de sua mente.

— Mamãe— Chamou— O que é fobia social?

— Por que quer saber sobre isso, filho?

— É que meu amigo passou mal hoje e o tio Kankuro disse que ele tem isso. O que é?— A olhava inocentemente torcendo para não ser algo tão sério.

— Ah meu filho— Procurava palavras para explicar de uma maneira que fosse fácil para que o pequeno entendesse— É quando alguém se sente mal tendo que falar com pessoas novas, lugares novos ou com muita gente. Coisas assim, entendeu?

Naruto ficou em silêncio por um tempo como se estivesse raciocinando e assimilando algo.

— Então foi por isso que ele disse que não podia ser meu amigo, mamãe?— A olhava.

— Oh meu bebê, eu não sei. Pode ser— Voltou a olhar para as lavandas que havia colhido no quintal e que, agora, as arrumava com calma.

O loiro olhou em direção a sala de estar e viu seu pai sentado no sofá com um livro fechado sobre as pernas, a mão no rosto abaixado e exageradamente vermelho.

— Mamãe— Chamou— O papai tá passando mal também?

— Não. Porque?— Ainda olhava as flores.

— Então porquê ele tá daquele jeito?— Apontou para a figura masculina que, de tamanha vergonha, parecia um sorvete derretido sobre o sofá.

Kushina olhou rápido para o marido e logo entendeu do que se tratava. Suspirou indo até ele e pegando o livro do seu colo. Abriu o livro na página marcada e passou rapidamente os olhos pelas palavras. Suspirou novamente.

— Eu não falei pra você que esse livro era assim?— Colocou o livro sobre a mesinha de centro— Por que a surpresa?

— É que não achei que seria assim— Falou ainda abalado— É que estavam lá e aí... Aaaaah... Depois começaram a.. Daí eles... Aaaa!! O negócio coisou e ficou daquele jeito e eu.. aaaa..— Suspirou derrotado e desistiu de tentar explicar.

Kushina limpou uma pequena lágrima de seu olho direito por ter rido do marido envergonhado tentando explicar o que leu. Naruto o olhava confuso, mas resolveu deixar de lado e foi até o quarto, no andar superior, e pegou alguns brinquedos. Deidara parou por um instante os esboços que fazia para sua próxima escultura e olhou chocado para Minato, jamais imaginaria que o pai leria algo como aquilo.

Nunca chegará a ler um único livro daquela série ou de Jiraiya pois sabia, por meio de relatos de alguns colegas, do que se tratava.

— Nunca mais leio os livros do Jiraiya— Disse se recuperando.

— Eu avisei, não avisei?

— Mas não achei que teria isso— Se justificou encostando o rosto no corpo de Kushina que estava sentada no braço do sofá— E ele é meu amigo, quis dar uma chance pro livro dele.

— Sim, sim. Eu sei, querido— Passou a mão pelos cabelos de Minato.

— PAPAAAIII!!! MAMÃÃÃE!!! DEEEEIIDARAA!!!— Um pequeno furacão loiro chegou a toda velocidade na sala— Brinca comigo, brinca comigo, brinca comigo!!

— NÃO GRITA NARUTO!— Disse Deidara.

— Mas você tá gritando.

— Eu só gritei porque você gritou.

Remédio - (Gaanaru - Narugaa)Onde histórias criam vida. Descubra agora