Capítulo V - Pirulito de laranja

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 Após se despedirem da irmã mais velha, Kankuro e Gaara, se dirigiram ao local onde o primo e os Uzumaki esperavam. Perto da esquina, Kankuro estendeu a mão para Gaara que a segurou para atravessarem a rua.

Ao chegarem o mais novo ainda segurava a mão de seu irmão.

Gaara parou assim que entraram na recepção. Local amplo, arejado e com três corredores a partir dele, onde tinha uma bancada com uma senhora de cabelos desbotados pelo tempo que usa um óculos com uma fina corrente, para não o perder. Ela tinha um pequeno sorriso em seus lábios enquanto lia o que estava escrito em algumas folhas de frequência que o local mantinha. Na bancada se encontrava um pote de vidro cheio de pirulitos, algumas folhas de papel, um tsuru de origami e atrás da bancada uma mesa com computador, porta lápis, mais papéis e um livro de poesias. Olhando mais a volta pode ser notado um grande quadro de avisos atrás da mulher com vários papéis coloridos e alguns desenhos. Uma fileira de cadeiras acolchoadas se encontrava de frente ao balcão e ao lado deles um bebedouro e uma mesinha com café, chá e biscoitos. Janelas, quadros, esculturas, mosaicos e outras obras completavam a decoração colorida e descontraída do local; o que contrastava com as paredes claras e chão de azulejos brancos.

— Boa tarde, Aimi!— Cumprimentou Kankuro fazendo a mulher levantar o olhar e sorrir.

— Boa tarde, docinho! Seus amigos estão na sala de sempre!

— Certo, obrigado! Ah! Te trouxe seu rádio— Disse tirando o aparelho de dentro de sua mochila e entregando a Aimi.

— Você conseguiu consertar!— Agora a senhora se encontrava radiante por poder voltar a escutar suas músicas preferidas ou só as que passavam na estação local— Oh! estou tão feliz! Muito obrigada, docinho!— Aimi colocou o rádio sobre a bancada e passou para o outro lado. Abraçou forte Kankuro o agradecendo novamente por consertar seu amado rádio, que fora presente de seus falecidos pais.

— Não precisa agradecer! você é sempre tão querida comigo, claro que consertaria algo tão importante pra você.

Ela agradeceu mais uma vez e notou a presença de mais alguém no ambiente— Olá, garotinho! Precisa de ajuda?

— Ele é meu irmão, veio comigo.

— Oh! Não sabia que você tinha um irmão mais novo e nem que ele era tão fofo— Se aproximou de Gaara que apertou a barra da camiseta nervoso. Como queria ter trago seu urso para esconder seu rosto.

Aimi ao notar o nervosismo do rapaz pegou um pirulito de laranja do pote de cima do balcão e estendeu para o pequeno.

— Aqui! pode pegar— Gaara pensou em recusar por não gostar de doces, mas ao ver o sorriso gentil e olhos escuros olhando para si com simpatia pegou o doce e colocou no bolso de sua bermuda.

— Obrigado, senhora— murmurou.

— Oh, não me chame de "senhora", me sinto velha desse jeito, pequeno.

— Ah, certo então.. moça..?

Aimi riu com a tentativa do mais novo— Pode me chamar de Aimi, querido.

Gaara assentiu. Se despediu de Aimi e seguiu o irmão por corredor que levava a salas que as pessoas poderiam usar sempre que necessário, precisando apenas assinar uma lista de frequência e deixando a sala usada limpa ao final do tempo que esteve a usando.

Pararam diante de uma porta de carvalho envernizada com o número cinco em uma placa amarela sobre a mesma. Ao lado da porta tem uma grande janela de folha fixa que, mesmo com uma cortina de tecido branco, dava visão para um pequeno movimento vindo de dentro. Gaara observava atentamente a janela reconhecendo seu primo e um loiro que havia visto antes, porém não sabia seu nome. Aparentemente os dois discutiam sobre algo já que o loiro gesticulava furiosamente e seu parente o olhava irritado.

Remédio - (Gaanaru - Narugaa)Onde histórias criam vida. Descubra agora