Capítulo XXII - Morro abaixo

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— Ô MANHÊ!— gritou entrando em sua casa.

— TÔ NA HORTA!— gritou de volta— Vem cá.

— Oi, mãe. Cheguei— depositou um beijo na têmpora da matriarca.

Colocou os materiais em seu quarto, tomou um copo de água e voltou para ajudar a mãe a arrancar as ervas daninhas da plantação de temperos verdes.

— Onde tá o Dei?

— Saiu com o Hidan e o Itachi. Os dois encapetados com certeza vão aprontar alguma coisa e dar trabalho p'ro Itachi, mas já avisei p'ro Dei que, se ele chegar machucado, vai apanhar. Ô se vai!

O loiro riu e continuaram arrancando as ervas daninhas.

Após terminarem entraram, fizeram brigadeiro e foram rever a série Anne with an E. Dividiam o sofá grande, deitados um ao lado do outro, com Naruto recebendo um leve carinho nos cabelos.

O telefone da ruiva tocou na cozinha e a mesma foi atender enquanto Naruto pausava a série para esperar. Ao voltar a ruiva anunciou.

— Suas primas vão vir passar as férias aqui— voltou e se sentou no sofá.

— O tio Nagato e a tia Mito também?

— Não, só as meninas.

— Legal, elas só são um pouco chatas— Kushina apenas encarou o filho— O que foi?! A Karin só sabe falar de macho e das piranhagem dela e a Tayuya parece que tá sempre de mau humor.

— Filho..!

— Mas mãe..!

— Filho.

— Ah, ok então!— pensou um pouco— Mãe, falando em passar um tempo aqui, o Gaara pode dormir aqui no sábado?

— Claro! Agora 'dá play' logo nessa série, bebê.



— Não acredito! Olha só suas flores murcharam. Poxa, estavam tão bonitas— falou retirando as flores caídas do vaso da orquídea— e você?— se virou para a samambaia que estava pendurada na parede— com essas folhas secas.

Andou de um lado ao outro tirando as últimas folhas caídas, matinhos indesejados, mudando alguns vasos de lugar, regando as plantas e resmungando ou falando com suas plantas. Terminou varrendo o chão e entrando irritado em casa, o que não passou despercebido pelos que estavam na sala conversando.

— Por que tá com essa cara, pipoquinha?— perguntou Chiyo.

— Porque esses incompetentes— apontou para os irmão e o primo— não cuidaram das minhas plantas e algumas morreram. MORRERAM!

— OU, OU, OU— a loira ergueu a cabeça da almofada e abaixou o livro— eu estava com você no hospital, seu ingrato!

— Não ia cair a mão de vocês se dessem água 'pra elas!

— Vocês vírgula, que eu reguei elas, sim— disse Sasori.

— Todas e todos os dias?

— Não, já viu o tanto de mato que você tem?! a varanda virou uma reserva florestal.

— Ah— soou realmente magoado— desculpa por ter gritado com vocês. Eu só estou chateado porque algumas delas morreram. Vou para o quarto— Saiu cabisbaixo da sala, entrou no quarto que dividia com Temari e pegou o celular para ouvir música.

Na sala, Chiyo olhava para os netos e negava de leve com um balançar de cabeça.

— Ele tá bem triste com a gente.

Remédio - (Gaanaru - Narugaa)Onde histórias criam vida. Descubra agora