Capítulo XXXVI - Acertos de contas 0.2

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    [algumas semanas depois]

    Saíram novamente com Emi e levaram Akamaru desta vez. Kankuro levou um caderno, lapiseira e borracha para fazer alguns esboços enquanto Kiba e Akamaru brincavam com a criança. 

    Esboçou algumas pessoas que passavam na rua, alguns comércios e suas três companhias que estavam brincando de pique esconde no momento. Decidiu fazer o desenho dos três completos, em preto e branco, com bastante detalhes. 

Enquanto fazia os traços para desenhar o cabelo do namorado uma pessoa se aproximou fazendo uma sombra cobriu sua folha, não desviou o olhar já que pensou ser algum conhecido.

— Você ainda desenha bem.

Se virou assustado assim que reconheceu aquela voz.

— Calma, não precisa se assustar, bonequinho.

— O que quer Sakon?

— Só conversar um pouco, bonequinho.

— Para de me chamar assim. Não temos mais essa intimidade p'ra você vir com esses apelidos.

— Como quiser, vossa majestade— fez uma reverência com um sorriso debochado. Se sentou ao lado do moreno no banco e cruzou as mãos atrás da cabeça.

— Fala logo o que quer e vai embora— olhava para frente, vendo Emi correndo do outro lado da praça.

— Aqui é um lugar público, bonequinho. Posso ficar o tempo que quiser.

— Então eu vou embora, passar bem— levantou, mas parou ao sentir seu antebraço ser segurado— Me solta.

— Espera, por favor. Só quero conversar.

Bufou e revirou os olhos, permaneceu de pé e soltou seu braço.

— Fala.

— Sempre direto ao ponto, parece que não mudou tanto.

— Fala logo, Sakon, tô sem paciência.

— Caaalma— apoiou as costas no encosto do banco de madeira— temos bastante tempo.

Rolou os olhos de novo.

— É, eu tenho tempo, mas não quero gastar com você.

— Certo, certo, você venceu— o olhou e fez um sinal com a mão para que o outro se sentasse ao seu lado— senta aí.

— Tô melhor de pé— falou depois de um tempo em silêncio.

— Senta logo, bonequinho— sorriu convencido.

Forçou a mandíbula e rangeu os dentes. Alguns instantes depois se sentou um pouco afastado dele. Ficaram em um silêncio desconfortável, até que o homem de cabelos azuis o quebrou.

— Pelo visto deu a ele o que me negou— apontou para uma marca de mordida na curva do pescoço do mais novo e Kankuro continuou em silêncio olhando para Kiba mais adiante procurando pela sobrinha— Não fiquei chateado, tá um pouquinho, mas te entendo você era muito novo e eu fui escroto. Mesmo te entendendo ainda estou um pouquinho chateado— fez um sinal com os dedos.

— Entende, é?— continuava sem o olhar. 

— Sim, não devia ter forçado a barra com você, muito menos, ter te traído— virou o rosto esperando ver as orbes escuras do outro, mas este ainda permanecia olhando para os outros adiante. Bufou frustrado.

— Realmente não deveria ter feito isso. E eu também não deveria ter surtado do jeito que surtei, não devia ter machucado você.

— É…

Remédio - (Gaanaru - Narugaa)Onde histórias criam vida. Descubra agora