Capítulo XVIII - ... e cicatriz

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⚠️Aviso:⚠️
Contém:
- bullying;
- sangue;
- palavras de baixo calão.

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    Furiosa. Temari estava com os nervos à flor da pele, preparada para afundar os garotos, que Matsuri falou, no chão.

Passou pelos portões da escola pisando pesado e, quase, soltando fogo pelas narinas. Em sua volta a energia negativa que emanava seria capaz de se manifestar e por aquele colégio abaixo.

Shikamaru, que matava aula em um dos corredores, viu Temari possessa de raiva indo em direção a sala do diretor. Foi até a mesma que simplesmente continuou a andar, o ignorando. Por ter notado que a loira acabaria perdendo completamente a cabeça, passou o braço pela cintura da mulher e com o outro se segurou no batente de uma porta para conseguir para-la, e não ser arrastado pela loira.

Ao perceber que alguém a segurava e não deixava continuar seu caminho, virou levemente o ombro e a cabeça tão rápido que Shikamaru jurou que ela viraria a cabeça em 180º. O olho tremia pela raiva que se acumulava em si e olhava em silêncio para o moreno que ainda segurava-se ao batente e na cintura de Temari por precaução, caso a loira decidisse continuar seu trajeto.

Ficaram em silêncio com a loira olhando fixamente para o moreno com o olho ainda tremendo, o peito subindo e descendo rapidamente pela respiração pesada e com um olhar mortal.

— M.E. S.O.L.T.A— ordenou.

— Eu não. Você 'tá irritada. Vai acabar batendo no diretor e, caso não se lembre, você já pode ser presa por agressão.

Olhava para Shikamaru cogitando a ideia de bater no mesmo e continuar o que queria fazer. Pensou um pouco e viu que, mesmo não gostando, o mesmo estava certo.

— Tem razão, não posso bater neles na escola— relaxou os músculos—, mas ainda tenho que ter uma conversa séria com o diretor. Eu já vim aqui várias vezes e aquele verme do diretor não fez nada a respeito.

— Tudo bem. Só se acalme um pouco antes— a soltou e ficou ao seu lado— Como seu irmão está? Vi levarem ele em uma ambulância.

A loira suspirou pesado, deixou o ombro e cabeça penderem, seu semblante mudou de irritado para triste e fitou o chão.

— Ele 'tá "bem"— fez aspas com os dedos e se recostando na parede—. Ele levou seis pontos na testa, está desacordado e... não tem previsão para acordar...— sentiu as lágrimas chegando, porém não as deixou cair; não se mostraria frágil. Passou a destra no rosto, começando na testa e parando no queixo.— Vou ir, lá.

Saiu deixando o moreno para trás e teve uma longa conversa com o diretor.


Deixou o escritório do homem ainda mais irritada e frustrada do que o momento em que chegou, saiu bufando e pisando pesado. Como alguém era capaz de tamanha coisa, de lhe dizer que apenas daria uma suspensão pois, segundo o mesmo, os garotos eram de uma família respeitada e, por isso, não ficaria bom para a imagem deles. "E desde quando bullying e quase matar meu irmão fica?" questionou furiosa o mesmo, mas, além de não resolver nada, o homem ainda tentou invalidar tudo a mesma dizia usando argumentos como: "Você está louca, histérica", "o que uma mulher pode entender sobre isso" e, o que a fez dar um soco tão forte na mesa da sala, quase a quebrando, "o que garante que o garoto não os provocou ou mereceu?!".

Ao ouvir aquilo ficou cega de ódio que passou o braço por cima da mesa jogando tudo ao chão, batendo as mãos na mesma e se aproximando. "QUEM VOCÊ PENSA QUE É 'PRA FALAR ASSIM DO MEU IRMÃO, SEU FILHO DA PUTA?! O QUE TE FAZ PENSAR QUE TEM O DIREITO DE ME TRATAR DESSA MANEIRA?!!! E PORQUE DIABOS NÃO VIRA A PORRA DE SER HUMANO DESCENTE, SEU VERME?! SAIBA QUE IREI PROCESSAR VOCÊ E ESSA CARALHA DE ESCOLA!! Não deixarei o que fizeram com meu irmão passar batido!", gritou completamente transtornada e ameaçadora antes de socar fortemente a mesa, fazendo o móvel rachar de uma extremidade à outra, e sair batendo a porta com força; deixando um homem completamente assustado parado atrás da mesa que estava prestes a despencar.

Remédio - (Gaanaru - Narugaa)Onde histórias criam vida. Descubra agora