A enteada

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Eduardo sanchez

Assim que bati os olhos na Lia no aeroporto, percebi que ela tinha mudado muito, mesmo ainda tendo olhos tristes. Ela tinha uma beleza impressionante. Fisicamente não parecia com a Suzana, o que me fez pensar em seu pai. Apesar de ter apenas 17 anos, ela estava parecendo uma mulher.

Na viagem que se seguiu até em casa, percebi que ela me olhava. Será que ela ainda tinha raiva de mim por ter me casado com sua mãe? Será que ela trataria mal o Jhon? Afinal, eles não tiveram nenhum contato durante esses anos, e ele era meu filho. Tinha medo que ela o renegasse, pois isso acabaria com o coraçãozinho do menino, já que ele estava louco para conhecer  a irmã. Mais essa preocupação logo ficou para trás, quando vi sua emoção ao abraçar o Jhon. Foi uma pena que Suzana, interrompeu o momento o levando para sua aula de natação. Ela mal ligou para a filha, que parecia precisar de atenção. E foi isso que me propus a dar para ela.
Afinal, Lia de forma manhosa, e muito encantadora, se aproximou de mim com vontade, até fiquei constrangido com sua abordagem, mais não poderia  negar minha companhia , já que sua mãe, que o deveria fazer, saiu. Então concordei em ir com ela até a piscina. 

(..)

Já aqui a beira da piscina, esperando por Lia, comecei a me lembrar de quando ela era pequena. Lia parecia doce, meiga, mais sempre muito arredia, principalmente comigo, ela não queria de jeito nenhum que eu me aproximasse, se negou até mesmo ao fato de me deixar ensina-la a nadar.  Disse  com firmeza que era o pai dela que iria fazer isso.
Pobre criança. Sentia muita pena dela.
Hoje sem dúvidas, Lia era outra pessoa.

Cansado de esperar por ela,  resolvi dar um mergulho. 
Quando voltei á superfície, vi um silhueta perfeita parada a borda da piscina. Ao tirar as águas do olhos, percebi que se tratava de Lia. Ela usava um biquini vermelho, muito sexy e pequeno. Realmente, para uma menina de 17 anos ela tinha um corpo e tanto. 
(...)

Em meio ao meu silêncio, vejo ela mergulhar, e logo se posicionar á minha frente.
Sigo seu olhar, que para minha surpresa, para diretamente nos meus. Vejo também ela prender seus dentes em seu lábio inferior. É um gesto que ela faz com frequência, e que me faz sorrir sempre. Sério, eu não consigo não olhar, e gostar.

- Esta uma delícia não acha? - Disse ela com a voz baixa.

Umedeço os lábios, antes de concordar
- Sim uma delícia. 
Percebi então que seus olhos estavam brilhando.
Aquilo me fez perder o fôlego.

Em seguida,  ela já estava com seu corpo grudado ao meu. Senti seu ventre em mim. E de maneira instantânea,  meu corpo formigou.
Sem perceber, e por puro instinto, coloquei minhas mãos em sua cintura, sentindo sua pele roçar contra a palma da minha mão.
Ela então afundou a cabeça em meu pescoço e sussurrou no meu ouvido:
- acho que vamos nos dar muito bem.
Estremeci por inteiro, e me afastei imediatamente, saindo da piscina, nem dizer uma palavra.

MEU PADRASTOOnde histórias criam vida. Descubra agora