Tudo que eu preciso

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Eduardo Sanchez 

O resultado da audiência sairia amanhã. Era um caso realmente difícil, instável e cheio de nuances, e embora tenha dado o meu melhor,  não estava confiante.
Quanto mais pensava, mais ansioso  ficava. Por isso,  resolvi aproveitar o fato da Suzana ter saído com a Lia,  para brincar e me descontrair com meu filho.

Passamos a tarde jogando vide game, brincando de esconde esconde, contando histórias, até Jhon adormecer vendo um filme. Sem alternativa, o levei até seu quarto, e depois foi para o meu. 

Após tomar um banho demorado, e relaxante, coloquei um roupão preto e deitei na casa. 
Não demorou muito e Suzana entrou pela porta. Ela estava linda como sempre. 
Não pude não pensar em Lia, e como a beleza dela era diferente.

Chega, não poderia estar pensando naquilo, naquele momento, por isso interrompi meus pensamento e perguntei:

- Você esta bem amor?  
Tentei usar meu tom mais apaixonado.
- Obrigada amor, estou sim e você?
Sua pergunta veio seguida de um beijo em minha boca. 
Ela era incrível.
- Sim estou, só to tentando relaxar um pouco. Amanhã é um grande dia.

Por um momento pensei que Suzane se jogaria na cama e me beijaria, convidando-me a uma noite maravilhosa. Mas em vez disso me olhou profundamente e disse:
- Sei que esta cansado, mais não deveria estar ai deitado. Porque não revisa tudo de novo? Sério amor, você precisa ganhar esse caso, não tem outra opção. Nunca esqueça que você é perfeito, e deve fazer tudo de maneira perfeita.

Ao terminar de dizer tais coisas, Suzana acariciou meu rosto, voltou a me dar um beijo e se virou rumo ao banheiro para tomar um banho. 

Confesso que fiquei sem rumo, e muito preocupado. Suzana é uma mulher de atitude, sempre esta a frente de tudo, e um dos motivos pelo qual me encantei por ela, foi esse, sua firmeza.
Sim, ela sempre tinha razão em relação a tudo. E estava certa mais uma vez. Como pude tentar relaxar justo agora?

Já conseguia sentir meu coração acelerar de novo.


Lia Cooper 

Quando olhei para o relógio que ficava em cima da lareira, percebi que já era tarde. A  luz da lua iluminava com perfeição a sala de estar. Mas havia um silêncio constrangedor entre nós. E foi assim também no jantar. Eu, Jhon e Suzana não trocamos nenhuma palavra enquanto comíamos, e agora sentados na sala, era igual.

Suzana estava deitada em uma dos sofás,  folheando revistas, enquanto eu e Jhon estávamos ajoelhados no tapete tentando montar um enorme quebra cabeça.
Mas a verdade é que eu não conseguia me concentrar naquilo, já que, por incrível que parece, estava pensando se Eduardo estaria bem. Pois é, eu  estava realmente preocupada com ele. Até porque, mais cedo ouvi Suzana falar com meu padrasto pelo celular, e pelo que eu entendi, só um milagre daria a vitória a ele.
E levando em conta que ele não havia chegado ainda, suponho que ele tinha perdido o caso. 

(...)

O tempo passou depressa. Já era quase 00:00, e Eduardo ainda não estava em casa. Suzana ao meu ver, parecia entender o porque.

 Jhon estava dormindo há horas, e com dó do pequeno,  minha querida e adorada mãe, resolveu leva-lo para o quarto,  e  em seguida avisou que tentaria dormir também.  Eu concordei, e disse que faria o mesmo.
Entretanto, resolvi ir para frente da casa, esperar Eduardo chegar.

Suzana Sanchez 

No fim das contas, Eduardo acabou perdendo o caso do famoso empresário George Andrade de Lima, o que significava muito, pois a metade dos clientes do escritório lambiam o chão para que ele  pudesse passar, e para ajudar, George  deixou claro que se perdesse o processo, além de deixar o escritório, levaria consigo outros mais. 
Sem dúvidas isso deixou  o ego do meu lindo e sexy marido, ferido.

Quando ele me ligou para contar o ocorrido, percebi que ele se sentia fraco, e ao mesmo tempo revoltado. Sério, não suportaria vê-lo assim. E ele sabia bem disso.
Por isso, me avisou que ficaria até mais tarde com Thomas, para beber um pouco. Eu não liguei claro. Amo meu marido, é verdade, mais não gostaria de ver sua postura derrotada.

Eu iria esperar o momento certo.
Primeiro  me entregaria a ele e deixaria ele me amar, após isso acontecer, eu tentaria entender o que deu na cabeça dele para perder.
E depois, como sempre, tomaria as rédeas da relação e decidiria o que ele deveria fazer, afinal, ele gosta quando faço isso. 


Eduardo Sanchez

Quando ouvi o Juiz decretar o caso como perdido, meu mundo ficou cinza. Sabia que viriam dias difíceis pela frente, pois teria que lidar com um grande rombo de clientes, e com meu ego ferido. Por isso, liguei para Suzana que como sempre, se mostrou calma,  consciente e segura.
Mas confesso que isso não me ajudou em nada. Então resolvi beber um pouco com Thomas. 

(...)

Mal vi a hora passar, e quando dei por mim, já era mais de 00:00 noite. Parei então o carro na garagem de casa, e resolvi ficar ali um tempo, pensando um pouco na vida.  

De repente uma batida na janela do meu poche preto, me fez levar um susto. Ao baixar o vidro, vi o rosto de Lia, corado e bem iluminado. Ela abriu um largo e lindo sorriso quando começou a falar:

- Ai esta você! Fiquei preocupada, como está ?
Algo em sua voz, me fez querer ser totalmente sincero. 

-  Estou péssimo, me sentindo um burro.
Lia então rodeou o carro, abriu a porta do passageiro, e se sentou. Depois que fechou a porta, olhou pra mim e sussurrou:

- Vai ficar tudo bem. Você é o grande Eduardo Sanchez. Você vai acabar dando a volta por cima. Perder faz parte.
Não resisti ao ver seu entusiasmo. Ela era muito confiante e sempre via o lado positivo em tudo. Isso mexia demais comigo

Sendo assim, me virei e a encarei, permitindo-me olha-la por alguns segundos. Depois quis saber:
- Você acredita mesmo nisso Lia ?
Ela foi rápida ao responder:
- Claro que sim. Você até pode usar isso ao seu favor.  
Seu sorriso era lindo.

- E como perder um caso tão importante poderia me beneficiar ? - perguntei curioso.
Ela então se moveu sob o banco, ficando bem próxima a mim.

-  É só você ser mais rápido que a imprensa.
Pensa comigo,  eles vão querer publicar o seu fracasso, para vender. Mas e se você editar e publicar uma nota primeiro ?
Aquilo estava me deixando confuso e ao mesmo tempo intrigado.

- Como assim? - perguntei me aproximando ainda mais dela. 

- Veja bem. Elabore um texto confessando que perdeu o caso, mais não fique só nisso. Aproveite o momento para dizer que esse é o primeiro em meio há muitas outras vitórias importantes. Depois, é só você listar todas suas conquistas. Isso vai fazer as pessoas pensarem, afinal, foi só um deslize. Sério, pode ser que alguns  abandonem o escritório, mais também pode fazer outros entrarem. 

Era um fato, Lia Cooper me eletrizava. E sua ideia era realmente boa, e poderia muito bem funcionar. Fiquei excitado só de pensar.
Queria estar dentro dela.
Com esse objetivo em mente, a agarrei pela cintura e a coloquei sob meu colo. 

Ela abriu as pernas imediatamente, encaixando-as uma de cada lado.  E sem demora me beijou. Eu abri caminho com a língua aprofundando ainda mais o beijo. E enquanto ela deslizava suas mãos por baixo da minha camiseta, joguei o banco do carro um pouco para trás, dando-nos um pouco mais de espaço.

Nossos movimentos eram urgentes e necessitados. Pousei minhas mãos na barra de sua blusa, e a passei por cima de sua cabeça. Lia em seguida abriu meu cinto e tirou meu membro para fora. Levantei sua saia até o umbigo, empurrando sua calcinha para o lado. Ela se posicionou sobre mim e começou a cavalgar.  Não sei bem quanto tempo demorou, mais quando dei por mim, os vidros do carros estavam embasados, e o único som que eu ouvia eram nossos gemidos. 

(...)
Depois de um tempo, ainda com Lia sob mim, encostei minha testa com a dela, e sem fôlego necessário confessei:
- Você é como uma droga pra mim. Além de me fazer alucinar, faz com que me sentia vivo. Não sei como lidar com isso.
Senti seu hálito quente e doce em meu rosto:

- Só não tente resistir mais. Porque eu sempre estarei aqui, e caso não tenha percebido, me sinto da mesma maneira em relação a você.
Joguei a cabeça para trás ouvindo Lia falar, e quando ela acariciou  meu amiguinho, gemi.

- É errado Lia, você é menor de idade e filha da minha mulher. 
Lia riu.

- Faço 18 anos daqui 2 semanas. E em relação a Suzana, tudo bem, sei que ela é sua mulher. 
Mais também sei, que você precisa de mim.

Agarrei seus cabelos e a beijei.  Sim, a Beijei com toda vontade que ainda tinha dentro de mim, porque por mais errado que fosse, ela tinha razão, eu precisava dela. 



MEU PADRASTOOnde histórias criam vida. Descubra agora