Uma verdade acidental.

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Lia Cooper


Quando vi o nome do Eduardo piscar na tela do celular, senti o coração acelerar. Ouvir sua voz era tudo que eu queria, e o fato dele me ligar, depois de um mês, acendeu uma chama de esperança, que a muito estava apagada. Entretanto, ao meu lado estava uma pessoa que não merecia ser desprezada tão friamente. Por isso, não atendi a ligação.

- Não vai atender? - perguntou Matheus, já de pé. - Fica á vontade, eu posso sair.
Antes que ele cruzasse a porta, neguei.

- Não precisa, eu posso retornar depois.
- Ok! .. Então vai, é agora mesmo, que você vai falar que esse beijo não era pra ter rolado, e que só me vê como amigo .
- Matheus Molina, eu te adoro, e sabe disso né? - disse indo até ele.
- E apesar disso, e do fato, de eu ser um excelente partido, você ... não me quer.
O Abracei pela cintura.
- Me desculpa, não quero que se iluda. O beijo foi ótimo, mas é que eu estou em outra.
Ele beijou o topo da minha cabeça.
- Relaxa linda, eu sei disso. E não se preocupe comigo, não vou me iludir, pelo menos não mais do que já sou.
o sentir sorrir.
- É sério, se eu te magoar, não vou me perdoar.
- Depois eu que sou o dramático aqui. - riu

Me afastei para olha-lo.
- Vamos fazer um pacto ?
- Eu vou precisar me cortar pra tirar sangue?
Franzi a testa antes de responder:
- Não.
- Nem cuspir na mão?
- ECA, que nojo.
- Vai saber, já vi isso acontecer em um filme.
Dei um tapinha em seu ombro.
- Você precisa parar de assistir TV.
Ele riu.

- Ok! Qual seria o pacto?
- Nada vai fazer a gente brigar.
fui direta

- Nem se nós dois quisermos o último brigadeiro? Olha, que o brigadeiro da Dora é o melhor do mundo.
- A gente pode dividir - disse fazendo biquinho.
Ele sorriu, e me estendeu a mão.
- Combinado.
Aproveitando o gancho, ele tomou a minha mão e depositou um beijo nela. E então olhou no fundo dos meus olhos.
- Eu te adoro, e sempre vou estar aqui. Ok?
- Obrigada! - exclamei
- Nem que seja pra levar um fora. - brincou
Revirei os olhos.
- Sai daqui. - ordenei rindo
- To indo linda, mais eu volto. Eu sempre volto.

Depois que o vi se retirar, tentei retornar a ligação do Eduardo, mais ele não atendeu.
Eu até que insisti, repetindo o ato mas caiu na caixa postal.
(...)

Era hora do lanche, e estávamos todos á mesa.
Kira e Dora me convidaram para ir á uma festa.
Confesso que não queria ir.

- Qual é Lia, vamos! vai ser legal - insistia Dora
- A gente pode encher a cara de novo, como na última festa lembra ? - perguntei Kira, enquanto comi suas panquecas
- Isso, assim minha pasta: vergonha alheia, só vai aumentar - debochou Duca
Neto e Matheus riram.

- Sério meninas, vocês estão acabando com a minha reputação. - zombou Neto.
- Como se você tivesse uma né. - devolveu Dora ao jogar uma ervilha na cabeça do amigo.

Kira se pões de pé.

- Chega crianças! - exclamou - Todos vamos á festa, incluindo a Lia, que vai se divertir muito, e quem sabe, por fim, pegar um universitário gato e sarado.
- EEEEI, E EU ? - indagou Matheus
- Eu disse gato e sarado, não tá me ouvindo? - indagou Kira

Matheus a encarou, e sorriu.
- Lia, me defende. - pediu

Vê-los conversar era como acompanhar um episódio de friends. Eu adorava.

MEU PADRASTOOnde histórias criam vida. Descubra agora