Suspeitas, e descobertas

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Eduardo Sanchez 

Acordei sentindo um perfume inebriante de lavanda, e sexo. E ao lembrar da noite passada, fica evidente o porque, já que o primeiro cheiro,  vinha do aroma escolhido para o nosso banho de banheira, e o segundo, pelos momentos de prazer que tivemos.  Fizemos amor 3 vezes, fora o sexo oral. Sem dúvida foi uma noite memorável.

Mas agora, um novo dia já havia nascido, o sol adentrava o ambiente como um convidado bem quisto, trazendo uma luz fortificante, que iluminava todo o aposento. Eu estava com Lia em meus braços, e confesso que essa é uma das melhores sensações que já senti. Ela estava de costas para mim, fazendo-nos ficar de conchinha. É engraçado, mais enquanto a observava dormir, percebi que a contrário de quando esta acordada, quando dorme, ela se torna uma pessoa calma, serena, realmente muito plena.  

Me levantei o suficiente, para apoiar os cotovelos no colchão, e então, pude olhar seu rosto, que ficava ainda mais lindo, todo natural.  Comecei a espalhar beijos pelo seu ombro, depois no pescoço, e em seguida por suas costas. Não demorou muito para que ela reagisse, e começasse a se remexer, despertando com calma, e com uma sensualidade impressionante. 

" Será que ela tem consciência, de como é sexy?"  O pior, é que eu acho que não.
(..)


- Bom dia princesa linda. Tá na hora de acordar. -disse todo apaixonado

De forma adorável, ela se virou para mim, esticou os braços, se espreguiçou, e  abriu um sorriso de tirar o fôlego.

- Bom dia amor. Você esta tão sexy assim. Eu tenho muito sorte né?
Seu comentário me fez rir.

- Acredite, o sortudo aqui sou eu.

Fiz menção de beija-la, mais ela colocou a mão sob os lábios, me impedindo.

- O que foi? - perguntei assustado.
- Eu ainda não escovei os dentes, devo estar com bafo.

Não me contive e acabei soltando uma gargalhada.
Ela então, jogou um dos travesseiros, que estavam ao seu lado, em mim.
- Para de rir, é sério!
- Deixa de ser boba. - pedi já segurando seus pulsos e beijando-a

No começo ela não quis deixar o beijo rolar, mais logo se entregou, passando a aprofunda-lo. Com um selinho demorado, parei o ato. E sorri ao encara-la.

- Porque esta me olhando assim? - perguntou curiosa.
Fingi pensar antes de responder.

- É, você tem ração. Esta com um pouco de bafo mesmo 

Lia sentou na cama e me deu um tapa, delicado, mais bem estralado no braço.

Eu a abracei, como se não quisesse soltar mais.

Então, ela disse, com pesar:
- Amor? Acho que chegou a gora né? eu tenho que ir. 
- Eu sei, mais é tão difícil te soltar. 
- Que horas são ?
me virei para a mesa de cabeceira e peguei meu rolex :
- Já são 7:30 
- Vou pedir um Uber, me vestir e ir. Que horas planeja voltar ?
- Só na hora do almoço. Falei pra Suzana que tinha um caso importante e que iria estuda-lo a noite toda com Thomas, e que por isso dormiria na casa dele, mas afirmei que chegaria para o almoço.
- Seu amigo sabe que esta comigo? - quis saber 
Engoli em seco, sentando-me em frente a ela.
- Sim e não.
Lia riu.
- Não sei se entendi.
- Eu quero dizer que ele sabe que estou com alguém, mais não que ...
- Mais não que esta com a sua enteada, que acabou de completar 18 anos. - completou.
- É, por ai.

Lia então,  pegou uma das minhas mãos e a levou aos lábios, beijando-a.
Achei que continuaria o assunto, mas não. Na verdade, ela me surpreendeu.

- Obrigada pela noite mágica. Foi o melhor presente que poderia ter me dado. 
Seu tom era de uma doçura encantadora.
Sorri  feito um bobo.

- Mas tem mais. - afirmei

Arqueando as sobrancelhas, ela quis saber:
- Como assim? Mais que isso tudo? 
perguntou, enquanto abria os braços, tentando indicar o quarto em que estávamos.

Sai da cama, nu, e fui até o banheiro onde minhas roupas estavam. Assim que as achei,  peguei o que estava no bolso da calça, e voltei.  Quando entrei no quarto, me deparei com Lia ainda na cama, me olhando com muita atenção. A achei muito concentrada.

-  o que foi ? - quis saber
Com uma cara de sapeca, falou:
- Você é muito gostoso. Sério, seu corpo é perfeito.
- Todo ele ? - perguntei com minha voz sedutora.
- Grande parte . - respondeu toda debochada.
- Vou matá-la um dia desses, sabia? - disse rindo.

Então me aproximei da cama, e estendi uma caixinha de veludo azul em sua direção. Lia a pegou meio sem jeito.

- O que é ?
- Abra! - exclamei

E assim ela fez. Com muito cuidado, abriu a caixinha.
Nesse momento pude ver seus olhos brilharem, ao mesmo tempo que seu corpo tremia, e su respiração falhava.

- MEU DEUS! o que é isso ?
Sorri feliz com a reação, e só depois respondi:

- Isso é um solitário de ouro branco, com 51 diamantes em volta. Sendo o diamante central de 4,5 mm. Quando eu o vi na joalheria, pensei em como ele ficaria lindo no seu dedo.

As lágrimas escorriam pelo rosto da minha princesa, que mesmo emocionada, sussurrou:
- Amor, isso é demais. Eu não mereço algo assim.

Fui até ela, me sentei, peguei a caixinha, tirei o anel e o coloquei em seu dedo, e em seguida beijei sua mão.

- Para você, nada é demais! Lia, não é só um anel, é uma promessa. Eu nunca, vou deixar você sozinha de novo. Eu te amo princesa.

Percebendo que ela ainda estava bastante afetada, afastei algumas lagrimas de seu rosto, e a beijei. Segurei sua nuca com força, e a aproximei de mim. Ela abraçou-me, e com os lábios ainda sobre os meus agradeceu:
- Obrigada, eu te amo tanto.

Depois desse nosso momento, nos separamos. 
Lia se arrumou, pegou seu Uber e saiu, e eu fiz o mesmo, mais em vez de ir para casa , foi ao encontro de Thomas. 

Suzana Sanchez 

MEU PADRASTOOnde histórias criam vida. Descubra agora