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• point of view Sergio Ramos •

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Sergio Ramos

Hoje iria haver uma reunião para a assinatura dos papéis do divórcio, depois de muita insistência e diálogos intermináveis com Pilar, ela havia aceitado assinar o maldito papel. Estava chegando no escritório, quando pude vê-la chegando com sua Mercedes, respirei fundo ao descer do carro e a encarei de cima abaixo. A mesma estava completamente de preto, parecendo estar indo para um velório.

— Que diabos de roupa é essa, Pilar?

— Estou de luto – ela diz, colocando seus óculos escuros.

— Quem morreu?! – questiono, confuso.

— Nosso casamento.

Inevitavelmente uma risada escapou dos meus lábios, enquanto eu balançava a cabeça negativamente. Pilar sabia ser extremamente dramática quando queria, e também sabia fazer bem o papel de ex-esposa desolada para mídia.

— É mesmo?! – questiono sarcástico, adentrando o escritório ao lado da mesma — Ou isso é apenas cena para os paparazzis do lado de fora verem e mais tarde publicarem matérias da ex-esposa traída e abandonada?

Pude sentir a mesma tocar meu antebraço, e me puxar para si.

— Como pode ser tão insensível? Quando se tornou assim? – questiona, levantando seus óculos e me olhando com suas íris azuis escuras.

— Não torne isso um jogo, Pilar, eu conheço você. E conheço mais ainda, os seus joguinhos psicológicos – digo firmemente, me esquivando da sua mão e lhe dando as costas.

Pude notar a presença de García e Omar, o advogado de Pilar. Ambos me cumprimentaram e eu fiz o mesmo, me juntando aos dois na mesa, Pilar fez o mesmo, se sentando ao meu lado. Durante toda a leitura do divórcio, que foi feita por García, a mesma permaneceu em silêncio e com um olhar fixo nas suas unhas que batucavam a todo instante na mesa de maneira impaciente.

— Então... – García empurra os papéis na minha direção —, aqui está.

Ele faz o mesmo com Pilar, que fica quieta e olhando fixamente para o papel. Em um movimento rápido, eu peguei a caneta e assinei, ao olhá-la, pude ver que ela me olhava com um misto de mágoa e raiva.

— Quer a caneta? – questiono, estendendo a caneta na sua direção.

Em um movimento ríspido e grosseiro, ela pegou a caneta das minhas mãos e assinou o papel. Conhecendo Pilar, imaginava que na sua cabeça naquele momento se passava a mesma enfiando a ponta daquela caneta na minha jugular e me matando. Quando a mesma terminou de assinar, ela me empurrou os papéis e se levantou da mesma, saindo em passos duros da sala.

Empire • Sergio Ramos Onde histórias criam vida. Descubra agora