• conferencia de prensa

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O silêncio de Pilar me assustava, ela andava de um lado para o outro murmurando coisas inaudíveis, enquanto segurava seus cabelos com as mãos. Me fazendo esfregar meu rosto com as mãos, tentando imaginar algo que pudesse falar, que a acalmasse.

— Você não vai me deixar, não ouse fazer isso, Sergio... – a mesma caminha até mim, e segura na gola da minha camisa —, eu sou a mãe do seu filho. Como pode fazer isso comigo? Com a sua família?

— Eu não vou permanecer nessa droga de casamento se eu não estou feliz nele, Pilar – digo grosseiramente, afastando suas mãos da gola da minha camisa — Vou ficar com quem eu verdadeiramente amo, que a Tália.

Em um solavanco, meu rosto virou e eu pude sentir uma ardência na região do maxilar, a mesma havia depositado um tapa no meu rosto. Esfreguei a região, enquanto tentava não olhá-la.

— Ah, é? – ela ri, passando a língua entre os lábios — Veremos quem você vai escolher, a sua vadia, ou o Júnior. Um ou outro.

— Ficou maluca?! – questiono, incrédulo — Ele não vai deixar de ser meu filho, não irei deixar de vê-lo, muito menos irei abandonar ele.

— Veremos quando eu estiver na Suíça, bem longe daqui – esbraveja, me olhando — Nos resolveremos também em frente ao juiz, com quem ele irá ficar. Eu não irei concordar com guarda compartilhada, você irá sofrer nas minhas mãos, Ramos. Fez sua escolha, e com ela, irá vir às consequências.

A mesma passa por mim, esbarrando no meu ombro e sobe para o andar de cima, me fazendo pegar o primeiro objeto que vi na frente e jogá-lo contra parede, prendi meus cabelos entre os dedos e soltei um urro recheado de ódio. Pilar Rubio era ardilosa é manipuladora, mas não seria dessa vez que ela iria conseguir me manipular, dessa vez não.

Me dirigi ao andar de cima, e fui até o quarto de Júnior, notando que o mesmo dormia serenamente na sua cama. Caminhei até o mesmo, e depositei um beijo na sua testa carinhosamente.

— O papai nunca vai abandonar você, tudo bem? – murmuro, o olhando — Eu prometo.

Em seguida, eu me levanto e caminho até o quarto, notando que Pilar estava no banheiro. Aproveitei para ir até o closet e peguei a maioria das minhas roupas, jogando dentro da primeira mala que vi pela frente.

— O que pensa que está fazendo? – ela questiona, incrédula.

— Estamos em processo de divórcio, Pilar, não faz sentido continuarmos morando debaixo do mesmo teto. Não é? – digo, fechando a mala em cima da cama — Mando um dos meus seguranças buscar o resto amanhã.

Empire • Sergio Ramos Onde histórias criam vida. Descubra agora