• cumpleaños

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Vinte e três de novembro de dois mil e vinte. Eu estava completando vinte e quatro anos.

Hoje era o meu aniversário e de longe, um dos meus dias favoritos do ano. Era inegável o quanto eu amava a data e a forma que eu era exaltada no dia. Ao acordar, senti alguns raios solares no meu rosto por conta da enorme janela que havia no meu quarto, que transparecia para o meu rosto toda luz no meu quarto. Estava nevando naquela manhã, entretanto estava fazendo sol e o dia estava lindo, como de costume. Sentei na cama, enquanto espreguiçava meus ombros, pude olhar pela janela o quanto Madrid estava bonita naquela manhã já que o centro da mesma, era refletido na vidraça do meu quarto.

Um sorriso surgiu no canto dos meus lábios, enquanto eu pude ouvir passos no corredor e a porta do meu quarto foi aberta, assim me fazendo dar de cara com meu pai, que segurava várias sacolas, em cada mão.

Cumpleaños feliz. Te desejamos todos, cumpleaños feliz. Desde el dia que naciste, has sido siempre y serás una dicha para todos, de inmensa felicidad – ele cantarolava, de forma animada — Cuuuuumpleaños Feliz!

Automaticamente meus olhos se encheram de lágrimas, ao vê-lo cantar para mim, como sempre fazia quando eu era pequena e o quanto eu sentia falta da conexão que tínhamos, que estava voltando aos poucos, desde quando comecei a morar com o mesmo. Pouquíssimas pessoas conheciam aquele lado de Hernandez Sánchez, ele costumava ser um homem sério e severa. Comigo ele era diferente, era completamente o oposto disso.

— Pai... – murmuro, com a voz embargada —, obrigada!

— Feliz aniversário, minha linda princesa – diz, enquanto me abraça, no momento em que me levanto — Você sempre será a minha menininha que andava com a calcinha pendurada na cabeça enquanto gritava pela casa, se recusando a tomar um banho.

— Ah... – murmuro, entre risos —, o que é isso? – questiono quando ele põe sacolas na cama.

— Antes de vim aqui, dei uma passadinha com Olívia no shopping e compramos algumas coisas que talvez você goste – sorri de forma singela, ao citar o nome da esposa.

— Oh meu Deus. – murmuro, ao vê-las — Gucci,  Fendi, Valentino, Prada... – digo, olhando as sacolas —, papai!

— Eu sei que você deve ter milhares dessas coisas, mas, grande parte delas são personalizadas unicamente para você – sorri, orgulhoso — Assim como você, única!

Eu o olhei surpresa, enquanto checava os itens na sacola, me surpreendendo com as bolsas, roupas, sapatos e joias que haviam ali dentro. Depois de agradecê-lo várias vezes e beijar seu rosto seguidas vezes, ele se despediu, declarando que haviam algumas reuniões para ir e se desculpou por não poder comparecer à festa que ocorreria hoje no final do dia.

Uma festa havia sido organizada, que ocorreria em uma casa de festa em Madrid. Eu estava bastante eufórica pelo evento e contava os dias para que ele chegasse o mais rápido possível. Tudo estava bastante detalhado e da forma que eu gostava, bastante luxuosa e atrativa.

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