• la verdad

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Eu li, e reli aquele papel várias vezes. Como se algo fosse mudar na seguinte vez que lesse, mas não.

Positivo.

Eu era o pai do bebê que Pilar estava carregando no seu ventre. Pude sentir um peso surgir nas minhas costas, me fazendo apoiar minha cabeça no volante do carro enquanto minha respiração ficava descompassada. A tempestade piorava do lado de fora do carro, assim fazendo o barulho dos pingos de chuva se chocarem contra o carro. Larguei o papel no banco passageiro, enquanto assimilava aquelas palavras escritas em negrito.

Meu celular começou a tocar de maneira descompassada, e eu permaneci de olhos fechados, ignorando todas as repetidas ligações que soavam naquele minúsculo ambiente. O toque estava começando a me irritar, sendo assim me fazendo trincar o maxilar enquanto levantava a cabeça e encarava o aparelho vibrando no banco passageiro.

Cariño. Estava gravado na tela. Tália me ligava desesperadamente, me fazendo questionar porque um instante se tudo aquilo era ansiedade para saber o resultado ou se havia acontecido algo grave com ela e a bebê.

— Oi, Lia — atendo a ligação em um murmuro, enquanto espremo meus olhos.

— Sergio, eu preciso que você venha pra casa agora — ela diz, em um tom aflito.

— O que está acontecendo? — questiono atônito, levantando a cabeça enquanto sinto um arrepio nervoso percorrer toda minha espinha.

— Por favor, só vem pra casa o mais rápido possível — por fim, ela desliga a ligação.

O ronco do motor do meu carro soa naquela rua pouco iluminada e molhada por conta da chuva, sendo assim saio cantando pneu pelas ruas de Madrid até a minha casa. Perdi a conta de quantos sinais eu furei, e buzinas enfurecidas que escutei por conta da velocidade disparada que dirigia. Cogitar que estava acontecendo algo com Tália ou Ella me deixava com os nervos a flor da pele, por um instante esqueci completamente do que estava me causando aflição minutos atrás.

Meu celular tocou mais uma vez naquela noite, mas dessa vez ao encarar o nome gravado na tela, eu o silenciei e o coloquei no porta luvas.

— Tália, amor, cadê você? — ao adentrar minha casa atônito, eu saí chamando-a pelos corredores.

— Estou aqui — ela surge na sala, e sem pensar duas vezes, eu a abraço com cuidado.

— O que aconteceu? Por quê me ligou dessa maneira? Algo com você e Ella? — eu fiz uma pergunta em cima da outra, o desespero exalava não minha voz.

Empire • Sergio Ramos Onde histórias criam vida. Descubra agora