• problemas

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Eu me via completamente perdida, Anthony andava de um lado para o outro no quarto, enquanto no telefone falava com alguns dos meus agentes e minha equipe de mídia. Não havia dito nada nas últimas duas horas, e muito menos, coragem de olhar minhas redes sociais. Inês havia me dado um calmante, talvez aquele fosse o motivo pelo qual meus lábios não tremiam mais, e nem meu coração parecia que iria soltar pela boca a qualquer instante.

— Senhorita Sánchez, tem milhares de paparazzis em frente ao condomínio, a imprensa está aí... – Inês adentra o quarto, visivelmente nervosa —, o que mando fazer?

Permaneço em silêncio.

— Inês, mande os seguranças aumentarem a guarda! E não deixem em hipótese alguma, aqueles canibais entrarem aqui – Anthony ordena, e volta a falar no telefone com alguém — Clarice, onde você está?! Precisamos de você aqui, a Tália não fala desde as últimas duas horas. Está em choque, e em silêncio.

Pude ouvir uma voz bastante conhecida por mim no andar de baixo, e eu me adiantei ao reconhecê-la. Ao sair do quarto às pressas, pude notar que Anthony e Inês me seguiam.

— Onde está ela?! Onde está a Tália? – meu pai bradava para os empregados, em completo desespero.

Ao descer as escadas em passos rápidos, eu parei ao vê-lo parado no meio da sala de estar.

— Pai... – começo, com a voz embargada.

— Minha filha... – balança a cabeça negativamente —, como você pôde?!

O olhar decepcionado do meu pai. Carregado de mágoa e tristeza, o mesmo balançava a cabeça negativamente, parecendo estar inconformado com aquilo. Toda aquela realidade paralela que ele havia criado, onde eu era a filha perfeita, havia se desfeito.

Era um choque de realidade.

— Pai, por favor! Me desculpa! – digo, caminhando até o mesmo – Por favor! Não vira as costas pra mim, por favor! – imploro, em completo desespero, enquanto lágrimas escorrem pela minha bochecha.

— Como você pôde? Sergio, um homem casado, pai de família, tantos homens por aí, minha filha. E você vai se envolver logo com esse desgraçado, maldito... – diz, raivoso —, eu vou acabar com a carreira dele. Não haverá mais clube, não haverá mais melhor zagueiro do mundo.

— Pai, me perdoa, por favor... – digo, me ajoelhando nos seus pés, enquanto abaixo a cabeça —, eu não quis... – ele me interrompe.

— E você, minha garotinha... – sua voz exalava decepção —, com uma carreira pela frente. Tão bonita, bem vista, caráter e índole inquestionáveis. Desde que você nasceu, Tália, sempre foi o meu maior orgulho. E eu nunca tive medo de pôr minhas mãos no fogo por você, de fazer o melhor por você. E o que você faz? Vai atrás do pior, dos piores para sua vida... – a cada palavra dita pelo mesmo, era como um soco no meu estômago —, mas eu...

Empire • Sergio Ramos Onde histórias criam vida. Descubra agora