Sergio e Tália eram amantes da adrenalina e do sexo, eram reféns da luxúria, do libido, e do queimor que sentiam quando estavam juntos, e o pior de tudo, que também eram reféns do adultério.
Ela fogo e ele a gasolina, e não há sinal de que vamos pa...
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• point of View Tália Sánchez •
Eu estava nas últimas semanas da minha gestação. Minha barriga estava enorme, minhas costas doíam, meus hormônios estavam a flor da pele, eu não tinha mais posições confortáveis para dormir, meus olhos pesavam de tanto sono acumulado que eu tinha. Mas eu estava feliz e realizada com o rumo que minha vida havia tomado nos últimos meses. Fechei um ciclo da minha vida em Madrid, e agora estávamos morando em Paris.
Sim. Sergio e eu havíamos nos mudado para Paris. Ele assinou com o Paris Saint-Germain, e na próxima temporada seria sua estreia. Agora estávamos uma nova casa, dessa vez com o quarto de Antonella. Eu mal esperava para tê-la em meus braços, cada dia, cada minuto, a minha expectativa aumentava. Sergio conversava com ela todos os dias, e ela sempre chutava quando ouvia a voz dele.
O natal estava chegando, e nesse momento estávamos nos preparando para viajarmos. Iríamos fazer uma viagem com nossos amigos e família, passaríamos o feriado em um Resort em Bora-Bora.
— Sinto falta do Anthony me ajudando a arrumar minhas malas — resmungo parada no meio do meu closet, enquanto abraço meu próprio corpo e olho para a imensidão de roupas presentes ali.
— Eu não sirvo? — Sergio questiona encostado no batente da porta.
Torço os lábios olhando para o mesmo, enquanto faço uma careta. Não, ele não servia.
— Ah, ok. Já entendi. — ele levanta os braços — Fiquei magoado.
— Não é nada pessoal, amor. Mas, você realmente... — um sorriso amarelo surge nos meus lábios —, não tem senso algum de moda, sabe?
— Eu me retiro — o mesmo me da às costas, saindo do closet, me fazendo soltar uma gargalhada com o seu drama.
Permaneço organizando as minhas malas, por precaução eu levaria a mala de maternidade da Antonella, por mais que as chances dela nascer fossem mínimas já que a data prevista de nascimento dela era em janeiro.
Pude sentir duas mais rodearem a minha cintura quando estava dentro do banheiro, me preparando para o banho. As mãos de Sergio pousaram na minha barriga, a qual ele acariciou, me fazendo fechar os olhos enquanto sentia suas carícias.
— Estou indo no aeroporto buscar o Júnior, ok? — beija o topo da minha cabeça, enquanto se afasta.
— Tudo bem — murmuro com um sorriso fraco nos lábios — Não demora.
— Nunca. Logo estarei de volta com as minhas garotas — deposita uma sequência de beijos no meu ombro nu, e sai do cômodo.
