Sergio e Tália eram amantes da adrenalina e do sexo, eram reféns da luxúria, do libido, e do queimor que sentiam quando estavam juntos, e o pior de tudo, que também eram reféns do adultério.
Ela fogo e ele a gasolina, e não há sinal de que vamos pa...
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Sergio disfarçou, ao ver que eu o olhava e voltou sua atenção para Marcelo e Clarice, que se aproximaram dos dois. Suspirei enquanto me afastava de Marco, que tinha um olhar desentendido direcionado para mim.
Lhe dou as costas e me dirijo ao bar, solicitado um Martini com a dosagem forte de álcool. Me sentei em uma das banquetas do bar, e direcionei meus lábios até a taça, bebericando o drink. Pude notar Pilar se aproximando juntamente com Sergio, a mesma não notou minha presença, ou apenas fingiu não notar, enquanto pedia uma bebida ao garçom. Já Sergio, ligeiramente direcionou seu olhar ao meu, e me olhou brevemente.
— Ah, olá, Tália! – Pilar me cumprimenta, ao notar minha presença — Ótima festa, bastante bonita e organizada também – sorri, e pude notar a mesma me olhar de cima abaixo.
— Obrigada, tenho que oferecer o melhor aos meus convidados, não é mesmo? – digo, com um sorriso amarelo nos lábios — Olá, Sergio – digo, o olhando cinicamente.
— E aí – diz, curvando seu corpo no balcão do bar e pedindo um whisky ao barman.
A forma em que ele atuava ao me ver, quando estava com Pilar era diferente. Agindo de maneira fria e indiferente, Ramos era um ótimo ator.
— Vi você e o Marco no início da festa, vocês formam um ótimo casal – Pilar diz, me olhando brevemente — Não acha, Sergio?
Cumpri os lábios, enquanto tombava a cabeça para o lado. Aquilo era demais para mim, não tinha estômago para fazer cena na frente da própria Pilar, enquanto nas costas dela, eu dormia com o seu próprio esposo.
— Eu... – Sergio começa, e eu o interrompo.
— Não acho que seja necessário isso ser abordado, entretanto, obrigada Pilar — digo, com um sorriso amigável nos lábios — Eu vou ir falar com a Clarice, com licença.
— Não seja mal educada, Tália, não se deve tratar seus convidados assim – Pilar me alfineta, e eu respiro fundo — Mal chegamos, e você já nos dá as costas. Somos tão desagradáveis assim?
Pude notar Sergio passar a mão na nuca, sem jeito diante as palavras da esposa, que me lançava um olhar franzido.
— Não, claro que não... — digo, com um sorriso falso nos lábios —, vocês também não são os únicos convidados aqui. Também não são mais especiais que os outros, portanto tenho que falar com eles também – levanto minha taça na direção de ambos — Se me dão licença, aproveitem a festa!