Boa fortuna

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EU DISSE QUE TERÍAMOS MIMOS SEGREDO DE SANGUE!

Ainda bem que o capítulo extra chegou agora porque funcionou bem o combo noivado +...

sim, é isso mesmo que vocês estão pensando...

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O terraço do duplex estava envolto por um altar bem decorado por rosas brancas, mesmo com o temor de que o forte vento fizesse aquele gradio se mexer demais e as flores voarem.

Cadeiras brancas estavam espalhadas perto da piscina, fechada e tapada com um tapete branco em cima, enquanto na cozinha ampla do duplex, um buffet funcionava a todo vapor, além dos garçons servirem com agilidade os poucos convidados.

Era um evento íntimo, mas quem estava presente era de extrema confiança dos noivos. Porque era um casamento.

O juiz de paz falava as últimas palavras do matrimônio civil entre Gustavo Villar e Agnes Barbosa - que agora assinaria Agnes Barbosa Villar. O noivo, de terno e calça azul-celeste, sapatos de couro italianos e camisa branca de botões, sem gravata, estava diferente de seu estilo usual, todo de preto. Os olhos verdes tão analíticos se destacavam ainda mais em seu rosto masculino, marcado, já que naquele dia, fez a barba e ostentava um discreto sorriso, que não dava para determinar se era de vitória ou de alegria.

Agnes usava um vestido branco, de seda, com um decote discreto em v com babados de renda, um modelo reto que descia até os joelhos, discreto o suficiente para disfarçar o seu corpo de curvas naturais. Uma tiara branca, de veludo e com um nó na frente, vintage, acompanhava os cabelos, que agora viviam soltos e volumosos, os fios bem-cuidados. A maquiagem era leve, em tons terrosos, deixando a noiva com um aspecto jovial e discreto, como era de sua personalidade.

O casamento era acompanhado por convidados selecionados: Marcel Carneiro, com um terno cinza-claro fazendo jogo com a camisa social branca e a gravata azul-piscina, contrastando perfeitamente com a pele negra retinta do engenheiro, de óculos escuros estilo aviador durante parte da cerimônia e bastante satisfeito com o desenrolar dos acontecimentos, sabendo que o amigo tornaria aquele casamento de fachada bastante real; Luciana Pithon, a ex-esposa, de vestido verde-limão, saltos altos e finos e a lace loira com mechas azul-turquesa, sua nova aquisição vinda diretamente de Nova York - parecia mais animada do que a própria noiva; Gabriela, que preferiu um minivestido estampado em verde, rosa, amarelo e azul e salto plataforma rosa, além do coque frouxo alto, deixando algumas mechas do cabelo caindo pelo rosto, e era outra que parecia animada em fazer o cupido, sabendo que Agnes merecia toda a felicidade; além de dona Vilma, que abençoou os noivos; o advogado de Gustavo, presente no casamento com algumas documentações em mãos relacionadas à herança e testamento do empresário; bem como o vizinho de Gustavo - que já se tornara amigo da família - Mathias Moriyama, o pai de Hugo, que já estava correndo pelo terraço junto aos amiguinhos.

- Você sabe que quando sua mãe descobrir sobre o casamento, ela vai surtar, né? – comentou Marcel para o amigo, já sem o terno, a camisa dobrada nas mangas até o cotovelo, os dois observando as crianças dançando ao som de alguma música popular entre as crianças.

- O que ela vai fazer? Já basta o fato de que as crianças e Agnes serão herdeiros de tudo que é meu, incluindo os 60% do conglomerado. Quero o advogado cuidando de tudo, caso algo ocorra comigo.

- Não vai acontecer nada, Gus. Você vai ficar vivo para criar, educar os três e ainda ter mais filhos.

- Por favor, Marcel. Este casamento é de fachada. Não terei mais filhos com ninguém.

- Ahhhh e se Agnes quiser ter filhos com alguém? Se ela quiser se envolver com outro homem? Ela vai ter que se divorciar de você e levar o trio fofura junto.

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