Segredo de Sangue

Anjo

Hoje é dia de vocês saberem qual é o novo conflito a ser vivido por Agnes e Gustavo... Vamos ver se a habilidade de vocês em adivinhar está atualizada...

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A decisão de Gustavo e Agnes em passar o final de semana prolongado junto com as crianças, chamando ainda do navio uma Gabriela, tinha como propósito reunir toda a família.

As crianças se divertiram na casa de praia do empresário, localizada em um local sigiloso, como quase tudo na vida de Gustavo, mantido em sigilo para protegê-lo - e agora a sua família.

Depois que deixaram a amiga de Agnes e a mãe de Gabriela em casa, eles seguiram até o duplex, entretidos em várias conversas paralelas.

- Quando a gente volta pra lá, meu pai?

- No próximo feriado prolongado ou nas férias de vocês, que tal?

- A parte boa é que minhas férias sempre casam com a dos meninos, Gus... Só falta você regular o seu recesso.

- Sou o CEO, é a coisa mais fácil do mundo.

- Legal, pai, quando eu for o dono de tudo posso tirar férias e trabalhar quando eu quiser?

- Não é bem assim, Heitor...

- Papai, nas minhas férias posso levar Bruno e Custódo, Alfredo e Bianca, Thor e Emília, Luluca e Jajá?

- Meu amorzinho, você não pode levar todas as suas bonequinhas pra casa da praia, tem que escolher uma só.

- Mas eles gostam de ir na praia, mamãe...

- Só que você tem que escolher, Tininha, não pode ser todo mundo porque senão você vai perder todas as coisinhas dos bonecos.

- Mas Dandan... Eles gostam de ir com todas as coisinhas...

- Tininha, você leva a casa inteira das bonecas e depois perde a cadeirinha e fica chorando! Aí fica me pedindo pra procurar as coisas, quem vai procurar é o coelho!

- Tá bom, Totô, não vou levar todas as coisinhas...

Heitor viu a expressão triste da irmã; não queria ser tão impaciente com Valentina. Mesmo com o cinto limitando os movimentos do garoto, ele conseguiu puxar a menina para um abraço meio desajeitado.

- Tininha, a gente fala isso pro seu bem, né mãe?

- Sim, Heitor, a gente sempre quer que você tenha mais cuidado com suas coisas, senão seus bonecos ficam sem cadeirinha, cama, e você quer eles sem cama?

- Não... – a voz da caçula era um sopro.

- Tininha, no próximo feriado, a gente escolhe qual boneco vai viajar com a gente! Já sei! Leve Luluca, que não tá saindo de casa, ó! – e estalou os dedos, informando o período de tempo.

A menina esboçou um sorriso para Daniel.

- Tá bem, Dandan. Vou levar Luluca. – continuou olhando para baixo, envergonhada, e disse para os pais, que estavam no banco da frente do carro:

- Desculpa, papai, desculpa, mamãe...

- Desculpa pelo que, bonequinha? – Gustavo sentiu um aperto no peito apenas pela voz de Valentina parecer machucada com algo que nem eles sabiam a razão.

- Porque eu... Não cuido das coisinhas... De Luluca... E de Jajá... – começou a fungar, e os olhos vermelhos já derramavam lágrimas.

Gustavo não permaneceria muito tempo dirigindo enquanto sua filha chorava no banco de trás do carro. Encontrou o posto de gasolina mais próximo e estacionou ao lado da loja de conveniência, tirando o cinto – tanto ele quanto Agnes – e os dois conversaram com a menina, sendo consolada pelos irmãos.