CAPÍTULO 2

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     Naquela manhã tudo parecia normal. Chegam ao destino e pouco a pouco as coisas começam a ficar de cabeça para baixo, primeiro o guia, em seguida morte, morte e morte. Até o dia em que mudaram, não eram mas os mesmos depois de tudo que aconteceu. Houve sim um trauma, todos eles de alguma forma ficaram com alguma sequela. 

     Douglas por sua vez sonha constantemente com as coisas que aconteceram lá. Em momentos de pressão seu subconsciente fazia com que ele visse coisas que não estavam no seu campo de visão natural. Alucinações momentâneas as vezes faziam com que ele saísse da realidade. E nesse momento Douglas vê sangue, um homem dilacerando o outro de maneira frenética. 
"Que seja uma alucinação." 
Ele pensa enquanto vê um homem se deliciando com um fígado humano.

    Brenda coloca sua mão na maçaneta da porta do quanto e abre a porta lentamente. Se eles estiverem realmente infectados talvez um barulho pode fazer com que eles levantem, isso não seria bom.  Brenda fecha a porta e chama Marcos que agora estava sentando em uma cadeira com seu notebook aberto.

     — Marcos preciso que você vá até a sala do diretor da clínica. Preciso que ele tire todos os pacientes daqui com urgência. Se eles continuarem aqui as coisas podem sair do controle, seria impossível conter um surto em um lugar como esse.

     — Mas o que aconteceu Brenda? Não existe outro lugar para mandarem os pacientes com problemas psicológicos. Os com problemas clínicos acredito que dê para fazer algo a respeito.

     — Que seja. Mas preciso que faça isso agora! Os pacientes dessa sala estão mortos.

     — Certo, estou indo falar com ele.

     Brenda pega seu celular e tenta contato com Douglas, o sinal no local e péssimo, tanto que a ligação não está sendo completada. "Celular maldito." Ela pensa. 

     Ela se senta na cadeira em que Marcos estava sentado anteriormente, abre seu e-mail no computador de Marcos e envia uma mensagem para Marta passando a situação sem muitos detalhes. "Preciso deixar Marta ciente da situação." Pensa ela.

     Mais uma vez Brenda liga para Douglas, enfim a chamada se completa. Aos sons de espera da chamada Brenda começa a ficar tensa, Douglas não atende.

     Douglas se encontra fora da realidade, um som incômodo e distante chama a sua atenção por um instante, ele percebe que é seu celular tocando. O Homem que antes estava se deliciando com as entranhas do corpo já morto no chão fita sua atenção em Douglas. 

     Sabendo o que de fato foram fazer ali Douglas tenta voltar para si é percebe que não eram alucinações, realmente algo estava acontecendo. Ele precisa se afastar  logo, com isso suas pernas se movimentam lentamente, ele pega o celular de seu bolso e atende.
— Esse lugar precisa ser fechado imediatamente. — Sussurra ele no celular com Brenda. 

     Passando pela porta que se encontra sem maçaneta, Douglas aperta o passo em direção a ala hospitalar enquanto fala com Brenda.

     — Pedi que Marcos fosse até a sala do diretor da clínica, precisamos tirar esses pessoas desse lugar e rápido. — Brenda fala.
   
     — Com a ligação acabei chamando a atenção de um cadáver e isso não é o problema. A porta do necrotério está quebrada, bem provável que o cadáver me siga. — Douglas fala sem nem olhar para trás.
     — Foca em vir para cá e não tenta nada. Você está desarmado, esse aí não está em estado de decomposição como os que encontramos na base. — Ela fala.

Doze - O Terror Continua - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora